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Ativista depõe sobre suposta ajuda de deputado a tatuador

Polícia Civil investiga se Sininho telefonou ao advogado Jonas Tadeu Nunes oferecendo auxílio de Marcelo Freixo

Por Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - A manifestante Elisa Quadros, conhecida como Sininho, chegou às 14 horas desta terça-feira, 11, à 17.ª Delegacia Policial, em São Cristóvão, para depor no procedimento aberto para investigar a suposta oferta feita por ela, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSol), ao advogado Jonas Tadeu Nunes, para auxiliá-lo na defesa do tatuador Fábio Raposo. Raposo, de 22 anos, foi preso no domingo, 9, sob a acusação de ter repassado o rojão que, na quinta-feira, 8, atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, causando nesta semana sua morte. Freixo nega veementemente qualquer relação com Raposo.

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A suposta oferta foi relatada pelo advogado no domingo. Segundo ele, seu estagiário Marcelo Matoso teria recebido uma ligação de Sininho. O estagiário repassou o telefone ao advogado, que afirmou que a manifestante disse que estava ligando em nome do parlamentar para lhe oferecer uma equipe de advogados para ajudar na defesa de Fábio Raposo. A manifestante entrou na delegacia sozinha e não falou com os jornalistas. Do lado de fora da delegacia, cinco pessoas que seriam ativistas - alguns da mídia alternativa, porém, sem identificação - aguardavam sua chegada.

Antes da entrada de Sininho, por volta das 13 horas, houve um princípio de bate-boca entre jornalistas e um dos ativistas, que estava fazendo foto dos profissionais de imprensa à distância. Um cinegrafista, então, começou a filmá-lo. O homem não gostou e perguntou o motivo de estar sendo filmado. Os profissionais então disseram que estavam fazendo o mesmo que ele e, após uma rápida discussão, a questão foi contornada. Por conta disso, o clima é tenso no local.

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