Ativista presta depoimento sobre suposta oferta em nome de Marcelo Freixo

Em telefonema ao advogado do tatuador Fábio Raposo, Elisa Quadros teria oferecido, em nome do parlamentar, uma equipe de advogados para ajudar na defesa

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Por Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - Após duas horas e meia, a ativista Elisa Quadros, a Sininho, deixou a delegacia de São Cristóvão, onde prestou depoimento no procedimento aberto para investigar a suposta oferta feita por ela, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSol), ao advogado Jonas Tadeu Nunes, para auxiliá-lo na defesa do tatuador Fábio Raposo. Raposo, de 22 anos, foi preso no domingo sob a acusação de ter repassado o rojão que, na quinta-feira, atingiu e causou a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade. Nessa segunda-feira, 10, negou veementemente qualquer ligação com Raposo.

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A suposta oferta foi relatada pelo advogado no domingo. Segundo ele, seu estagiário Marcelo Matoso teria recebido uma ligação de Sininho. O estagiário repassou o telefone ao advogado, que afirmou que a manifestante disse que estava ligando em nome do parlamentar para lhe oferecer uma equipe de advogados para ajudar na defesa de Fábio Raposo.

Depois de sair da delegacia, ela foi cercada por um pequeno grupo de ativistas que a aguardava do lado de fora e por dezenas de jornalistas. Quando lhe foi perguntado sobre o envolvimento de Freixo na suposta oferta de ajuda, Sininho disse apenas que "está tudo esclarecido".

Ela também negou conhecer Caio Silva de Souza, acusado de acender o rojão que vitimou o cinegrafista. A saída de Sininho causou um grande tumulto na porta da delegacia e em ruas próximas, já que ela foi seguida por jornalistas por cerca de 200 metros.

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