Atrasos atingem 14,1% dos vôos; situação pode piorar

Passageiros enfrentam situação tranqüila até o início da tarde desta sexta

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Por Agencia Estado
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Apesar do anúncio da operação-padrão de controladores de vôo em Curitiba (PR) e Manaus (AM), que poderá se estender para todo o País ainda nesta sexta-feira, 30, os passageiros encontravam situação relativamente tranqüila nos principais aeroportos. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), da zero hora ao meio-dia, o porcentual de vôos atrasados foi de 14,1%. De 794 vôos programados, de acordo com a estatal que administra os aeroportos, 112 apresentaram atrasos superiores a uma hora. Mais cedo, até as 10 horas, o índice de atrasos era de 16,1%. Estes índices são mais expressivos do que os apresentados nos últimos dois dias: 11,5%, na quinta-feira, e 5,5% na quarta. Mas a situação pode piorar à tarde com a ameaça de paralisação em outros aeroportos. Com a operação-padrão, os controladores passam a seguir as normas internacionais, que determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves simultaneamente; com isso, o intervalo entre os pousos e decolagens aumenta, podendo haver atrasos e cancelamentos de vôos. Existe ainda rumores de que os controladores do Rio de Janeiro façam uma greve na próxima segunda, dia 02 de abril. Com isso, o receio de que o feriado prolongado da Páscoa seja marcado por um novo caos aéreo começa a ganhar força. No terminal aeroportuário de Manaus, apenas um vôos saía fora do horário, apesar do anúncio da operação-padrão. Em Curitiba, seis das 62 operações previstas para a manhã (três pousos e três decolagens) apresentavam atraso de mais de uma hora entre as 6 horas e o meio dia no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. A média dos atrasos foram de 1 hora e 43 minutos. Outros 17 vôos ficaram com atraso entre 15 minutos e uma hora. A situação melhorou em comparação com o período da manhã. Até as 9 horas dois vôos tinham sido cancelados. Outros oito estavam com atraso médio de 21 minutos. De acordo com a Infraero, o aeroporto ficou fechado para pousos entre 0h05 e 1h30, em razão de a neblina estar em nível abaixo do mínimo exigido para operar com o sistema ALS categoria 2. Entre 1h31 e 3 horas, foi acionado o ILS categoria 2. Depois desse horário, a operação passou para o visual. Segundo a Infraero, em razão do atraso de quatro vôos que não puderam pousar na madrugada, houve um pouco de tumulto no terminal. Até o início da tarde, o Aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, apresentava o maior número de vôos atrasados: 20, no total. O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, registrava onze vôos fora do horário e o de Congonhas, em São Paulo, nove atrasos. No Aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília, eram verificados atrasos em oito vôos - número idêntico de atrasos visto no aeroporto de Curitiba, no Paraná. Já o Aeroporto Santos Dumont, no Rio, mostrava seis vôos com atrasos.

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