Atrasos atingiram 41,45% dos vôos, segundo Anac

A situação só começou a se normalizar por completo na parte da tarde

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Por Agencia Estado
Atualização:

No quinto dia consecutivo da crise aérea, as esperas e as filas diminuíram neste domingo nas Regiões Norte, Sul e Nordeste do País. Os Aeroportos de Congonhas e Cumbica, em São Paulo, Tom Jobim, no Rio, e Juscelino Kubitschek, em Brasília, ainda registraram tumultos durante a madrugada e a manhã deste domingo, 24, véspera de Natal. A situação só começou a se normalizar por completo na parte da tarde. As companhias e o governo voltaram a garantir que os problemas nos aeroportos não se repetirão no fim de ano. De acordo com boletim divulgado nesta noite pela Agência Nacional de Aviação Civil, dos 1.023 vôos programados entre a meia-noite e às 17 horas, 424 sofreram atrasos de mais de uma hora, o que representa 41,45%. Outros 106 vôos foram cancelados. Apesar do índice ainda estar alto, a situação estava melhor em comparação com sábado, 23, quando ocorreram atrasos em 55% dos vôos, ao maior índice desde que a Anac começou a divulgar balanços diários, dia 27 de novembro. O aeroporto com maior número de problemas com horários foi o Internacional de Cumbica, em Guarulhos, que teve atrasos em 82 vôos, dos 142 previstos. Em seguida ficou o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, com 37 vôos atrasados, dos 85 que deveriam circular. Já em Congonhas,na zona sul de São Paulo, 30 dos 153 vôos previstos estavam atrasados e nove foram cancelados. Ainda segundo o comunicado da Anac, para garantir a volta da normalidade da empresa TAM, o Governo Federal deixou disponível um Boeing 707 da FAB para atender passageiros da TAM. Com relação ao aumento do número de vôos cancelados, a Anac informou que eles se devem, em sua maioria, pela reorganização da malha aérea e à readequação dos horários dos vôos. Movimento menor e aumento de vôos A melhora deste domingo foi resultado de dois fatores: o movimento naturalmente menor na véspera do Natal e o aumento do número de vôos. No domingo passado, segundo dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), foram registrados 181 partidas nos principais aeroportos do País entre zero hora e 10h30. Neste domingo, no mesmo período, a agência contabilizava 539 vôos, quase o triplo. A maior oferta de assentos e a menor demanda permitiu à TAM, responsabilizada pelo caos, reduzir as filas nos balcões de check-in. Mas nem usando 15 aeronaves extras (7 da FAB e 8 de empresas concorrentes), a TAM conseguiu eliminar totalmente as filas e a irritação de passageiros nos aeroportos. Pessoas ligadas ao governo afirmaram que a companhia "perdeu o controle" sobre sua grade de vôos. A informação preliminar, que será alvo de investigação, é de que só no sábado 23 vôos charters estavam programados para diversos pontos do País, deixando os demais vôos comerciais sem aeronaves. A companhia negou as acusações. Colaborou Solange Spigliatti

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