Aumenta para 18 o número de ônibus incendiados em Vitória

Um coletivo foi atacado na noite de quinta-feira, supostamente a mando de presos do sistema penitenciário capixaba como protesto contra as condições carcerárias no Estado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um ataque realizado na noite de quinta-feira, 13, elevou para 18 o número de ônibus incendiados na Grande Vitória este ano. O coletivo da empresa Floramar transportava mais de 30 passageiros quando parou para uma mulher no bairro Cobi de Cima, em Vila Velha. Cinco homens armados entraram no veículo, obrigaram os passageiros a descer e queimaram o ônibus. O crime aconteceu por volta das 23 horas. Não houve feridos e ninguém foi preso. Os criminosos deixaram um bilhete no local do incêndio. O texto afirma que o ataque foi ordenado por presos do sistema penitenciário capixaba como protesto contra as condições carcerárias no Estado. Eles reclamam de superlotação, maus-tratos, falta d´água, de atendimento médico e de remédios na Casa de Custódia e na Penitenciária de Segurança Máxima, em Viana. A nota é assinada por "O Crime". O secretário estadual de Segurança Pública, Evaldo Martinelli, disse que o governo tinha informação prévia de que poderia haver uma série de ataques e que o reforço do policiamento ostensivo, desde as 16 horas de quinta-feira, evitou outros incêndios. Martinelli negou que os criminosos capixabas estejam ligados ao PCC e que haja relação entre os ataques em Vitória e atentados que vêm ocorrendo em São Paulo. Cento e setenta homens da Força Nacional de Segurança permanecem no Espírito Santo, mas não há previsão de que eles venham a ser usados no combate ao crime nas ruas. Os policiais se preparam para assumir integralmente a segurança e parcialmente a administração da Penitenciária de Segurança Máxima, para onde foram deslocados após uma rebelião no mês passado. Na sexta-feira, uma ação que envolveu mais de cem policiais civis e militares, em Vila Velha e Domingos Martins, prendeu seis pessoas. Foram apreendidas armas, munição, celulares, drogas, brasões do Exército, máscaras e capacetes. A Secretaria de Segurança informou que a operação foi rotineira e não está relacionada aos ataques a ônibus. Um dos presos é Alan de Freitas, de 19 anos, acusado de assaltos e homicídios.

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