Aumento da criminalidade alarma Brasília

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Por Agencia Estado
Atualização:

Considerada nos anos 80 um oásis de segurança e tranqüilidade, Brasília apresenta hoje números estarrecedores de aumento de criminalidade. O recorde fica com os assaltos a banco que, entre 2000 e 2001, triplicaram: subiram de 12 para 40. Em seguida, estão os seqüestros relâmpago que, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, aumentaram 119,23%, no período 2000/2001, saltando 76 casos para 171. Os dados apontam um crescimento de 10,42% nos índices de violência de Brasília, no mesmo período. "Realmente houve um aumento dos crimes contra patrimônio, como o furto de veículos e assaltos a banco", admitiu o secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública, coronel Sérgio de Oliveira Coelho. Mas, segundo ele, Brasília está longe de ser a recordista em seqüestro relâmpago. "Na realidade, o que acontece é a extorsão mediante privação temporária de liberdade, que é o caso do bandido que pega uma pessoa por umas horas para tirar dinheiro de caixas eletrônicos", explicou. O coronel disse que em São Paulo, no Rio e Vitória a ocorrência só é registrada como seqüestro relâmpago quando há privação de liberdade por, pelo menos, 24 horas. Pela estatísticas do governo do Distrito Federal, o número de seqüestros também cresceu: foram 31, em 2001, contra 24, em 2000, representando um aumento de 29,17%. "Mas todos os casos de seqüestro foram solucionados e, por isso, não houve um crescimento desse crime aqui como nos outros estados", argumentou o secretário adjunto. Também ocorreu crescimento de 23,07% no roubo de veículos - 1.656 contra 2.038, respectivamente em 2000 e 2001. "Mas, em contrapartida, somos a localidade que recupera mais de 80% dos veículos roubados", garantiu o coronel Sérgio. Mas se houve aumento no número de seqüestros, roubo a bancos e a veículos, o mesmo não ocorreu com os roubos a caminhões de bebidas e residências. De acordo com os números do governo, os roubos a caminhão de bebidas caíram em 34,51% - foram 510, em 2000, e 334, em 2001. Nas residências, as ocorrências de roubo apresentaram uma redução de 8,62%, com 467 em 2000 contra 445 em 2001. Também houve uma diminuição de 1,64% nas lesões corporais e de 7,58% nas tentativas de estupro. "Demos prioridade ao combate do crime contra a pessoa e, por isso, conseguimos manter alguns índices praticamente estagnados", disse o coronel Sérgio. Nesta situação, encontram-se os casos de homicídio que tiveram uma pequena queda: foram 557 ocorrências, em 2001, contra 561, em 2000. Pelos dados da secretaria de Segurança Pública, as polícias do Distrito Federal também melhoram sua performance nos flagrantes de tráfico de drogas e no uso e porte de drogas. Em 2001, foram registradas 665 ocorrência por tráfico de droga contra 418, em 2000. Ou seja: um aumento de 59,1%.

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