30 de janeiro de 2016 | 11h01
BELÉM - O navio Haidar, que afundou com 5 mil bois vivos em outubro do ano passado no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), e até hoje permanece no leito do rio Pará, é o pivô de uma troca de acusações entre autoridades.
O capitão dos Portos, Aristide Carvalho Neto, deu prazo de 15 dias para que o navio seja içado e as carcaças dos bois, com óleo e chorume, tenham um destino, caso contrário a embarcação será confiscada pela União. O prazo termina na próxima terça-feira, 2.
"É uma completa irresponsabilidade da Companhia Docas do Pará (CDP), que até hoje não apresentou um plano para o içamento desse navio", afirma o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Fernandes. Pela demora, ele já aplicou multas à CDP que superam R$ 240 milhões."Não é a CDP que tem que apresentar solução para o içamento do navio. O secretário deveria ler a notificação da autoridade marítima e ver quem ela notificou para chamar de irresponsável. Ou, se ele achar mais conveniente, chamar a própria Marinha do Brasil de irresponsável, pois é ela a autoridade competente a quem cabe toda e qualquer intervenção nessa específica área", rebate o presidente da CDP, Parsifal Pontes.
A empresa contratada pela salvatagem do Haidar é a holandesa Mammoet, a mesma que retirou do fundo do rio, na Itália, em maio do ano passado, o navio Costa Concórdia, que afundou em setembro de 2013 com 1.200 passageiros, matando 32 pessoas.
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