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Avó materna quer impedir assédio a Iruan

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Por Agencia Estado
Atualização:

A superexposição do menino Iruan Ergui Wu está com os dias contados, se depender da vontade da avó materna, Rosa Leocádia Ergui, e da Comissão Interinstitucional que ajudou a família a obter, na Justiça de Taiwan, a devolução da custódia do garoto. "A criança, para se desenvolver, precisa de um ambiente reservado", justificou o procurador de Justiça Afonso Armando Konzen, participante da comissão, que ouviu ontem da avó a promessa de que só atenderá repórteres em encontros previamente agendados e de que Iruan não dará entrevistas. A comissão critica a postura da família taiwanesa, que expôs Iruan para convencer a opinião pública de que era melhor que ele ficasse na aldeia de Chiehting, onde estava retido pelo tio paterno Huer Eam Wu. "Queremos criar um ambiente de tranqüilidade", tem dito a avó desde dezembro, quando, em última instância, a Justiça reconheceu que ela tinha a guarda do menino. Mas será difícil evitar o assédio. O Colégio Martinho Lutero já providenciou uma faixa de boas-vindas para Iruan. Uma torcida organizada do Grêmio vai enviar uma camiseta do time ao menino, que foi convidado para ver o clássico contra o Internacional, no domingo, no camarote da Federação Gaúcha de Futebol. Depois de ser entregue à força para o representante comercial brasileiro em Taiwan, Paulo Antônio Pereira Pinto, Iruan teve uma terça-feira calma. Ele passou o dia no hotel de Kaoshiung, onde aguardou o embarque para o Brasil, e brincou com primos. Em entrevistas a rádios de Porto Alegre, Pereira Pinto disse que o garoto estava "reagindo bem" ao período de adaptação para depois viajar ao encontro da avó, em Canoas. A viagem terá escalas em Hong Kong, em Johannesburgo, na África do Sul, e em São Paulo, onde a chegada está prevista para as 16h40 de quinta-feira. A etapa final será o vôo das 20h30, que chega em Porto Alegre às 22 horas. A avó vai esperar Iruan no Aeroporto Salgado Filho. Além de Pereira Pinto, estarão com o menino uma tia taiwanesa e a advogada da família Wu. Segundo Konzen, a avó está determinada a receber bem os taiwaneses e a facilitar os contatos entre Iruan e os parentes orientais. O garoto, órfão de mãe, foi levado para Taiwan em março de 2001 pelo pai, Teng-Shu Wu, que morreu logo depois. Desde então ficou retido pelo tio.

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