Bahia registra rebelião em dois presídios

A superlotação nas penitenciarias baianas seria o motivo para que os detentos se amotinassem

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia e a Secretaria de Justiça da Bahia estão em alerta para o que acreditam ser a chegada das facções criminosas ao mundo carcerário do estado. Duas rebeliões em presídios de diferentes regiões são os motivos para esta preocupação. A população carcerária estaria descontente com a superlotação nas penitenciárias baianas. Em Feira de Santana, a 110 quilômetros de Salvador, cerca de 550 detentos do Presídio Regional se recusaram a voltar para as celas. Em Valença, a 256 quilômetros da capital baiana, outros 160 presos tentaram fugir e promoveram a destruição parcial. O governo do estado garante que a situação em Valença já está controlada. A situação é diferente em Feira de Santana, onde cerca de 200 amotinados continuam fora das celas e insistem em falar com a imprensa e juízes. Três magistrados de varas criminais se dispuseram a conversar com os rebelados, mas não aceitam ir até o pátio, exigência dos detentos. "Na verdade não é uma rebelião, é mais um protesto por maior celeridade no andamento dos processos", analisa o secretário de Justiça do estado, Sérgio Ferreira, que nega a possibilidade de estar havendo influência de organizações criminosas. A expectativa do governo é de que os presos já tenham sido totalmente dominados nas primeiras horas desta quarta-feira. A Bahia tem cerca de 7,5mil presos de justiça. Pelo menos, outros 6 mil estão distribuídos por delegacias da capital e interior. A população carcerária ultrapassa em 40% a capacidade de lotação dos presídios.

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