O rompimento, por moradores da zona rural do Recôncavo Baiano, na noite de quinta-feira, 9, de cinco válvulas de uma adutora da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) cortou o abastecimento em 36 bairros de Salvador, prejudicando milhares de pessoas. As adutoras, cujos acessos não são isolados, fazem parte do sistema de abastecimento de água da região metropolitana e são danificadas com freqüência por moradores da favela, que não possuem barracos com água encanada. Geralmente os furos feitos nos dutos são pequenos e causam poucos problemas, mas desta vez os vândalos usaram picaretas e pás para romper a tubulação de uma das adutoras atingindo um registro, resultando num fluxo intenso que formou um lago no terreno próximo. Para evitar o desperdício e permitir o conserto, a Embasa foi obrigada a fechar o fornecimento da água que passa pelas adutoras danificadas. No início desta tarde, o superintendente da empresa, Rogério Cedraz, informou que os técnicos haviam acabado de reparar os danos, mas o abastecimento só será regularizado na manhã de sábado. Depois do que aconteceu, a Embasa resolveu construir estruturas em torno das adutoras para dificultar o acesso das pessoas ao equipamento. "Além disso vamos prestar uma queixa na polícia, pois foi um ato de vandalismo que precisa ser apurado", disse.