Baleados não praticavam bullying contra atirador, diz pai de vítima

Em vídeo gravado pelo garoto que disparou contra os colegas em Medianeira, os dois meninos feridos não foram citados

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Por Felipe Cordeiro
Atualização:

SÃO PAULO - O estudante de 15 anos que atirou contra colegas de classe do Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no oeste do Paraná, feriu dois alunos que não praticavam bullying contra ele. É o que afirma o marceneiro Eder Facundo, pai de uma das vítimas. Seu filho foi baleado na região da coluna e será submetido a uma cirurgia para a retirada do projétil, que se alojou na coluna vertebral.

Arsenal apreendido na casa do garoto que disparou contra os colegas doColégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no oeste do Paraná Foto: Polícia Militar

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Em entrevista ao Estado, Facundo se lembrou de um vídeo gravado pelo atirador supostamente antes da ocorrência. Nas imagens, o garoto afirmou que era "humilhado" na escola, citou o nome de 11 colegas e os responsabilizou pelo ataque. "Ele cita o nome de algumas pessoas, mas não fala do B.", disse o pai da vítima.

Segundo Facundo, o atirador baleou por engano o outro garoto. "O outro menino, que foi atingido na coxa, tem um irmão gêmeo. O irmão gêmeo dele foi citado no áudio, mas ele não."

Facundo garantiu que o filho nunca praticou bullying contra o colega. "O B. não era desse espírito, nem de longe ele era de querer zoar os outros", afirmou. "Ele saiu para estudar."

Um jovem e outro colega foram apreendidos e levados para a delegacia Foto: Guia Medianeira/EFE

Estado de saúde

O filho de Facundo foi atendido no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, em Foz do Iguaçu, e estava sendo transferido no fim da tarde desta sexta-feira, 28, para o Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Seu estado de saúde é estável.

O pai afirmou que o garoto está conversando normalmente, mas que sente muitas dores na perna. "Mesmo com medicamento a dor continua forte. No abdome, não sente nada", afirmou.

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Facundo explicou que a bala se alojou na coluna vertebral, o que impediu que o menino perdesse a sensibilidade das pernas. Em Curitiba, os médicos realizarão cirurgia para retirar o projétil.

A outra vítima foi atendida na Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz, em Medianeira, e já foi liberado.

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