Baleia-minke é resgatada no litoral do Rio

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma baleia-minke, uma das menores espécies de cetáceo, apareceu hoje na Praia dos Ossos, em Búzios, na Região dos Lagos, cercada por golfinhos. A proximidade do animal com a areia assustou banhistas, que acompanharam nos últimos dias a agonia da jubarte, que morreu encalhada numa praia em Niterói, no Grande Rio. No início da noite, o final feliz para a minke: bombeiros conseguiram rebocá-la para o alto mar. Banhistas contaram que a baleia, que apareceu por volta do meio-dia, tinha ferimentos na boca e na cauda. Por três vezes o animal se aproximou muito da areia. Duas equipes dos bombeiros de Cabo Frio seguiram para Búzios. Numa das tentativas, os bombeiros passaram uma cinta em volta da baleia e, com a ajuda de duas lanchas, tentaram rebocá-la, mas não deu certo. "Ela se debateu e por pouco não virou um dos barcos", contou o médico Alberto Dantas, de 42 anos, que passa férias com a família na cidade. Por ser pequena - a baleia tinha entre cinco e seis metros -, banhistas e bombeiros pensaram a princípio tratar-se de um filhote. Uma escuna conseguiu rebocar o animal até o alto mar. Jubarte - A baleia jubarte morta ontem depois de encalhar na Praia do Forte de Imbuhy, em Niterói, foi enterrada na madrugada de ontem no aterro sanitário da Companhia de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), que fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Rebocado até o cais do Porto do Rio, o animal foi içado por dois guindastes envolvido por cinco cintas e transportado até o aterro numa carreta de 45 metros com capacidade de 25 toneladas, utilizada para o transporte de entulho. A operação mobilizou 10 homens da Comlurb e 25 bombeiros entre as 19h e as 4h30. O coordenador do Maqua, José Laílson Brito Júnior, explicou que a carne da baleia não foi utilizada para o consumo humano porque, além da proibição legal de se comer um animal silvestre, poderia estar contaminda. "Não sabemos os motivos a levaram a encalhar, ela poderia estar doente". Já Gomes refuta os argumentos de especialistas do Instituto Baleia Jubarte de que a agonia do animal teria liberado toxinas no organismo do animal que poderiam ser prejudiciais à saúde humana. "Não há fundamento científico nisso. Até onde eu sei, a carne não é inapropriada. Existem países em que a população come baleia até hoje. Mas entendo que não devemos estimular o consumo".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.