Bandidos atacam base da GCM na zona sul

Homens vasculharam unidade em buscas de armas; ninguém se feriu

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Por Renato Machado
Atualização:

Uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na zona sul da capital foi alvo na manhã de ontem de um ataque de bandidos em busca de armas. Ao contrário das últimas duas semanas - quando foram roubados 27 fuzis -, os ladrões levaram somente dois revólveres calibre 38 e coletes à prova de balas. Não houve feridos. Por volta de 6 horas, dois homens em uma moto preta e armados com pistolas pararam em frente à porta da unidade da Chácara Klabin - na esquina da Avenida Fábio Prado com a Rua Vergueiro - e renderam os dois agentes. A GCM acredita que eles tenham observado a base e esperado o momento em que a viatura saiu para registrar uma ocorrência com o restante dos agentes do local. Após render os dois agentes, os bandidos ordenaram que eles entrassem na base e começaram a vasculhar o local em busca de armas. Como não encontraram, levaram os dois revólveres calibre 38 dos agentes e seus coletes à prova de balas. A ação durou menos de cinco minutos. Os agentes não conseguiram identificar os bandidos, pois um deles não chegou a tirar o capacete e o outro usava uma máscara preta.O caso está sendo investigado pelo 6º Distrito Policial (DP), do Cambuci. A base da GCM fica em uma região de classe média alta, cercada por grandes edifícios. Embora de grande movimentação, os agentes da GCM dizem que ela é perigosa e que os assaltos são frequentes. Os agentes dizem que solicitaram várias vezes que os vidros da base fossem espelhados, para impedir que os criminosos consigam ver quantos agentes estão trabalhando. O comando da GCM, no entanto, diz que a base será repassada para a Polícia Militar. "Nós estamos desativando algumas unidades e essa será uma das primeiras. Isso porque as ocorrências registradas aqui dizem mais respeito à PM e não à GCM", diz o novo comandante da Guarda Civil, Joel Malta de Sá. Na manhã de ontem, ele se tornou o primeiro oficial de carreira da GCM a assumir o posto. A ação de ontem foi o terceiro roubo de armas em menos de duas semanas. No dia 5, dez bandidos invadiram o Centro de Treinamento Tático (CTT) de Ribeirão Pires e levaram 20 fuzis. Três dias depois, ladrões atacaram uma unidade do Exército, em Caçapava, no Vale do Paraíba, e levaram outros sete fuzis.

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