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Bandidos matam empresário por asfixia

Homem teve rosto coberto com fita adesiva e foi espancado; assaltantes renderam a família por uma hora e exigiam dinheiro, mas nada foi levado

Por Daniela do Canto
Atualização:

O microempresário Moacir Paim de Moura, de 49 anos, foi assassinado dentro de sua casa, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, na noite de anteontem. Ele foi espancado, imobilizado e teve o rosto envolvido por fita plástica adesiva, enquanto sua mulher, uma dona de casa de 30 anos, e as filhas, de 5, 7 e 11 anos, estavam trancadas no quarto vizinho, sob a vigilância de um dos três criminosos. Segundo a Polícia Militar, a casa foi revirada, mas aparentemente nada foi roubado. O crime será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Conforme o relato da dona de casa, três homens encapuzados - dois deles armados - invadiram a residência por volta das 18 horas. Eles perguntaram onde Moura guardava o dinheiro. Como ela não soube dizer, os bandidos resolveram esperar a chegada do microempresário. Cerca de meia hora depois, Moura chegou com as três filhas, que havia acabado de pegar na escola. Os bandidos então trancaram a mulher e as crianças em um quarto. Um deles ficou na porta vigiando a família, enquanto o microempresário foi levado ao quarto do casal. A mulher contou ter ouvido o barulho da fita adesiva, de luta corporal e os gemidos do marido. Segundo a polícia, o quarto do casal foi revirado e as roupas espalhadas pelo imóvel. Antes de deixar a residência, por volta das 19 horas, os criminosos ameaçaram a família, afirmando que um comparsa ficaria vigiando a casa. Ao perceber que os bandidos tinham deixado o local, a dona de casa abriu uma janela e começou a gritar por socorro. Um vizinho ouviu, conseguiu entrar pela porta dos fundos e libertar as vítimas. A PM foi acionada às 19h50 e teve de arrombar a porta da frente da casa e do quarto de Moura. Lá, os policiais encontraram o corpo do microempresário. Ele estava sobre a cama. A vítima teria morrido em decorrência de espancamento e asfixia. O caso foi registrado no 22º Distrito Policial (São Miguel Paulista). Segundo a polícia, a mulher contou que havia sido sequestrada há cerca de seis meses e teria sido libertada após o pagamento do resgate. Após o suposto sequestro, a família mudou da casa onde morava. Os policiais não acreditam que o assassinato tenha ocorrido por vingança dos supostos sequestradores. "Trabalhamos com a hipótese de roubo seguido de morte porque a testemunha afirmou que os assassinos entraram lá com o objetivo de assaltar", explicou o delegado titular da Divisão de Homicídios do DHPP, Marcos Carneiro.

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