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Bando invade Ministério Público e leva caixa eletrônico

Por Naiana Oscar
Atualização:

Dez homens armados invadiram o prédio do Ministério Público Federal (MPF), na Rua Peixoto Gomide, região central da capital, e levaram um caixa eletrônico do Banco do Brasil. A ação ocorreu às 5 horas de anteontem e levou meia hora. Quatro funcionários foram rendidos, mas ninguém ficou ferido. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes do Patrimônio da Polícia Federal (Delepat). Em dois carros, os bandidos se aproveitaram do momento em que as faxineiras chegavam para trabalhar. Segundo a Polícia Federal, eles renderam duas mulheres e depois dois seguranças terceirizados. Os funcionários foram mantidos em uma sala enquanto os criminosos seguiram de carro até a garagem subterrânea do prédio, onde havia um único caixa eletrônico. Um dos veículos usados pelo bando era uma Fiorino. O caixa foi retirado por inteiro e levado pelos bandidos. "Mais ousadia do que terem levado o caixa inteiro é o local onde essas quadrilhas estão entrando para praticar o roubo", disse o delegado Sérgio Antônio Trevelin, chefe de operações da Delepat. "E o fato de estar na garagem não significa nada, porque se estivesse no 10º andar também teriam conseguido roubar." Segundo o delegado, a máquina havia sido abastecida no dia anterior. Ele não divulgou os valores disponíveis no equipamento. Embora tudo indique que os bandidos estavam informados sobre a situação do caixa, Trevelin diz que "não há por que investigar funcionários nesse primeiro momento". A investigação, segundo ele, deve levar cerca de 40 dias para ser concluída. Os bandidos não estavam encapuzados, o que pode facilitar a investigação. O delegado acredita que além dos dez homens que invadiram o prédio havia bandidos do lado de fora. A Assessoria de Imprensa do MPF informou que todo o prédio conta com vigilância eletrônica. As imagens gravadas dos ladrões estão sendo analisadas. A opção dos bandidos de retirar o caixa eletrônico inteiro tem sido frequente, segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada e Segurança Eletrônica do Estado de São Paulo (Sesvesp). "Fazem isso para não correrem o risco de perder dinheiro", disse o vice presidente da entidade, Vitor Saeta. Essas máquinas, diz, são fixadas de forma padrão por empresas terceirizadas, com parafusos e garras. "Os equipamentos são seguros, mas se vier um bando disposto a tirá-los, com ferramenta adequada, vai conseguir." A perícia esteve no local no dia do roubo para coletar provas, mas as investigações não interferiam no expediente. A assessoria do MPF não informou se o órgão pretende reforçar a segurança, por considerar essa uma informação estratégica.

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