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Bando invade USP e leva de ilha de edição a micros

Pelo menos 38 equipamentos foram furtados do Departamento de Artes Plásticas da ECA; aulas no período da manhã tiveram de ser suspensas

Por Mônica Cardoso
Atualização:

Pelo menos 38 equipamentos foram furtados do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), no Butantã, zona oeste de São Paulo, durante a madrugada de domingo. Entre os aparelhos havia computadores, notebooks, câmeras fotográficas digitais, filmadoras, scanner, impressoras, televisores, equipamentos de data show e até uma ilha de edição. Os funcionários estão fazendo um "pente fino" para checar o número exato de itens furtados e só depois registrar um boletim de ocorrência. Os materiais são utilizados na parte administrativa, no laboratório e em projetos específicos do departamento, que abriga 180 alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. Ontem, as aulas do período matutino foram suspensas. Na parte da tarde, elas ocorreram normalmente, já que boa parte das disciplinas eram teóricas. "Como os equipamentos são utilizados para aulas práticas e pesquisas, tentaremos encontrar uma maneira alternativa para que os alunos não sejam prejudicados. Poderemos pegar materiais emprestados de outros departamentos da ECA ou da universidade", avalia Tadeu Chiarelli, chefe do Departamento de Artes Plásticas. A solução do problema deve seguir um trâmite burocrático. O furto já foi comunicado à diretoria da ECA, onde um processo administrativo será instaurado para avaliar o caso. Em seguida, será encaminhado para a reitoria da universidade. Esse processo deve levar de dois a três meses. Depois disso, será feita a reposição dos materiais. "Além do nosso maior patrimônio, que são os alunos e professores, o departamento conta com um patrimônio físico bastante significativo", diz Chiarelli. Segundo ele, em um período da noite - das 23 horas às 6 horas - não há nenhum segurança no interior do prédio. No horário, o edifício conta apenas com a vigilância externa particular e a segurança da USP. Uma estudante de graduação que não quis se identificar contou que apenas um vigilante trabalha durante a madrugada em toda a ECA, que reúne as faculdades de Música, Artes Cênicas, Artes Plásticas, Jornalismo, Publicidade e Rádio e TV em seus seis prédios. "Os ladrões devem ter levado mais de uma hora para carregar o que havia de melhor no departamento e com certeza em um carro bem grande", afirma. Uma reportagem publicada no Estado no início do mês revelou que o câmpus da USP registrou um furto por dia em 2008 e nos dois primeiros meses deste ano. Para tentar conter esse tipo de crime, em outubro a prefeitura da Cidade Universitária havia colocado em operação 85 câmeras, mas os registros se mantiveram e houve apenas mudança da área dos ataques.

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