Bando tenta assaltar equipe da Rádio Eldorado em SP

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Por Agencia Estado
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Uma quadrilha está se aproveitando da falta de policiamento e vem promovendo ´arrastões´ em plena região central de São Paulo. O bando conta com pelo menos seis assaltantes e age de forma ousada e sistemática. Até a reportagem da Rádio Eldorado AM/SP foi vítima da quadrilha, na manhã de terça-feira, quando produzia uma matéria, na Rua 24 de Maio. A tentativa de assalto aconteceu por volta das 10h30, e o roubo só não foi consumado porque o repórter Rodrigo Padron procurou proteção numa loja de departamentos. A ousadia do bando foi tanta que os ladrões ficaram na porta do estabelecimento, ameaçando uma invasão. Desde o momento em que a Polícia de São Paulo e a Secretaria Estadual de Segurança Pública foram comunicadas sobre o fato, passaram-se 16 minutos até a chegada de um carro policial. Os bandidos conseguiram fugir. Seleção das vítimas Segundo informações de comerciantes e fiscais da prefeitura, os criminosos estão atuando na área há cerca de 20 dias e as vítimas são ´selecionadas´ com ´critério´ pelo grupo. Normalmente, os ´escolhidos´ são homens e mulheres que trabalham na região central da cidade e deixam de registrar as ocorrências nos distritos policiais com medo de represálias. De acordo, ainda, com as testemunhas, soldados da Polícia Militar deixaram de circular pela área nos últimos meses porque as ruas centrais foram invadidas pelos vendedores ambulantes. PM diz que patrulhamento é ´privilegiado´ O comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar do Estado de São Paulo afirmou que a região central da capital paulista é uma das áreas mais privilegiadas no que se refere ao policiamento comunitário. De acordo com o tenente-coronel Castro, cerca de 40 soldados atuam na área diariamente. Sobre a tentativa de assalto ao repórter da Rádio Eldorado, o oficial declarou que o atendimento ao jornalista poderia ter sido feito em até três minutos, porém, segundo a emissora, o militar ´se esqueceu´ que o repórter ficou ´ilhado´ pelos bandidos numa loja de departamentos. "Eu não estou contrariando o que o repórter disse, pode ter demorado até mais do que isso e se tivesse demorado mais do que isso estaria justificado. Isso porque, para ingressar com uma viatura naquela região, com todas aquelas pessoas circulando, realmente é difícil. Estou dizendo que se ele (o repórter) tivesse andado um pouco mais certamente teria encontrado uma patrulha. É que talvez ele possa desconhecer, não por culpa dele, ele desconhece. Se ele tivesse encontrado uma patrulha, certamente seria atendido". Na opinião do tenente-coronel Castro, o principal problema é que, na maioria dos casos, os delitos são praticados por menores que chegam a ser detidos, mas logo voltam às ruas.

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