Barragem rompe e deixa ''''200 Morumbis'''' submersos em GO

Pelo menos 6 fazendas estão debaixo d?água ao redor da Hidrelétrica Espora, em Aporé

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Por Rubens Santos e GOIÂNIA
Atualização:

Uma área equivalente a 200 estádios do Morumbi está submersa pelas águas da barragem que rompeu há dois dias e deixou um rastro de destruição ao redor da Usina Hidrelétrica Espora, em Aporé (GO), a 465 quilômetros de Goiânia. Pontes foram destruídas, pelo menos seis fazendas estão submersas e estradas foram inundadas. "Não há como medir ou quantificar o tamanho dos estragos", disse o capitão Hélio Loyola Gonzaga, da Defesa Civil. O rastro das águas podia ser visto ontem numa distância quilométrica da área de usina. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interrompeu, a 20 quilômetros de distância, o tráfego de veículos na rodovia GO-178, que liga Itarumã a Aporé. A força das chuvas que caíram nos últimos dois dias ajudou a aumentar os estragos. Uma ponte entre Itajá e Itarumã, distante 60 quilômetros da usina, desabou. "Aqui está chovendo entre 10 e 15 milímetros por hora", calculou o coronel Maurício Ferreira dos Santos, comandante da Defesa Civil em Jataí, que se deslocou para a área. "Não há nada que se possa fazer para impedir a força das águas." Para controlar o trânsito nas rodovias, a PRF montou barreiras e desvios, enquanto monitora a área por helicóptero. "As rodovias estão submersas", informou a corporação, em nota. "Duas pontes estão com suas estruturas de concreto abaladas e uma terceira já desabou." Na avaliação preliminar das autoridades, que não acreditam num rompimento total da barragem, a ruptura em uma das extremidades pode ter sido causada pelo volume de vazão da água. A barragem da Usina Hidrelétrica de Espora tem pouco mais de 1 quilômetro de extensão e altura de 45 metros. SOTERRAMENTO Em Minas, uma mulher morreu e outra ficou ferida após queda de muro de arrimo de 70 metros de altura sobre quatro casas na região nordeste de Belo Horizonte. Segundo os bombeiros, foi resultado das chuvas que atingem a cidade há cinco dias. Havia cinco anos não eram registradas mortes por causa de chuva. Solange Gonçalves Lima Marra, de 52 anos, morreu soterrada. Cristiane Marra Geovane, de 28, foi retirada dos escombros e não corre risco de vida. COLABOROU LEONARDO WERNER, ESPECIAL PARA O ESTADO

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