Bastos acha que preconceito levou a assassinato de dentista

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse hoje que o assassinato do dentista Flávio Ferreira Sant?Ana, em São Paulo, foi uma tragédia. O dentista foi morto por policiais militares porque teria sido confundido com um assaltante negro. Seis policiais suspeitos de envolvimento no caso estão presos, sendo que cinco deles ficarão detidos por 30 dias no Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, e o sexto está na Corregedoria da PM, em prisão admin istrativa por cinco dias. Na avaliação do ministro, segundo a Agência Brasil, os elementos iniciais disponíveis levam a crer que há a presença do preconceito racial no crime. "É um caso muito triste, os elementos sensíveis e exteriores mostram uma presença do preconceito, daquele conceito de que o negro é sempre suspeito", lamentou Bastos, após participar de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Para Thomaz Bastos, o enfrentamento de casos como esse passa pelo fortalecimento das Corregedorias de Polícia, de maneira que esses órgãos sejam independentes e providos de meios para conduzirem as investigações. "No caso concreto, acredito que a Polícia Militar de São Paulo tenha agido rapidamente, tomado todas as providências necessárias e agora o caso será apurado", disse. Sobre o assassinato de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), Thomaz Bastos, informou que a Polícia Federal está trabalhando para esclarecer o crime. "Acredito que o desvendamento desse crime, que é um ponto de honra para o governo, não vai demorar para se dar".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.