Bastos desafia CPI a provar omissão da PF

Ministro da Justiça fez um discurso inflamado em defesa da instituição

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, desafiou nesta quarta os integrantes da CPI dos Sanguessugas a demonstrar com objetividade um só ato de omissão da Polícia Federal e do governo na apuração de denúncias sobre irregularidades. O ministro se referiu em particular aos ataques do vice-presidente da CPI dos sanguessugas, Raul Jugmann (PPS-PE), para quem a PF está obstruindo os trabalhos da comissão. "É natural que o deputado, de quem sou amigo, esteja numa disputa eleitoral e diga isso". Ao dar posse, ao novo superintendente da PF em Brasília, delegado Romero Lucena de Menezes, Bastos fez um discurso inflamado em defesa da instituição. "A Polícia Federal tem tido uma atuação republicana, de nação, de estado, uma atuação capaz de desbaratar quadrilhas, de combater a corrupção e de investigar pessoas que se julgavam acima das instituições". Numa defesa veemente da instituição, Bastos disse que a PF tem dado uma contribuição ´inestimável´ na construção de uma sociedade livre e democrática. "A PF, nesses 4 anos tem tido uma ação exemplar. É uma instituição que não retarda nem acelera investigações, não protege aliados nem persegue inimigos". Segundo Bastos, os ataques contra a PF, sobretudo de membros da CPI, tem conotação eleitoral. "A PF deve obediência única à objetividade da investigação. Nesse momento eleitoral em que as paixões crepitam, a PF somente honra a sua responsabilidade de apurar sem se render ao calendário eleitoral", afirmou. Para o ministro, ao alcançar pessoas antes imunes à lei, a PF criou no País um novo paradigma no combate à impunidade. "É um orgulho para mim e para o governo ver o que a PF conseguiu nesses quatro anos, sob as mãos fortes e honradas do Dr. Paulo Lacerda (diretor-geral)", disse.

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