Bauru recupera trem que marca história da cidade

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Por Agencia Estado
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A locomotiva 278 - uma "maria-fumaça" que entre os anos 20 e 70 serviu à antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no trecho de Bauru a Corumbá - agora é peça de museu. Depois de mais de dois anos em restauração, a velha máquina e um vagão de passageiros, construído em 1932 e também recuperado, foram apresentados neste sábado à população na sede do Museu Ferroviário. O trabalho foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio de ONGs, empresas locais e ex-ferroviários, e deverá prosseguir até a reforma de outros seis vagões da mesma época, um deles construído especialmente para uma viagem que o então presidente Getúlio Vargas fez ao longo da linha. "Estamos preservando a memória ferroviária, que é a memória da própria cidade", diz o secretário de Cultura, Sérgio Losnak. O movimento tem por denominação "Ferrovia para todos" e também prevê a ativação do trem histórico para pequenas viagens turísticas de 10 a 15 quilômetros, num esquema que ainda carece de regulamentação da Agência Nacional de Transportes Terrestres, já que a linha a ser utilizada é a mesma por onde hoje passam os trens cargueiros rumo a Mato Grosso do Sul. Também há projeto para instalar no museu uma ala de peças grandes. Bauru tem o seu crescimento ligado à ferrovia. Era um lugarejo de apenas 600 habitantes, no ano de 1905, quando chegaram os trilhos da Sorocabana, seguidos da implantação da Noroeste, no ano seguinte, e da chegada da Paulista, em 1910. Durante toda sua existência, o município teve a influência das estradas de ferro e hoje sofre com o sucateamento delas.

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