Bêbado atropela e mata grávida de gêmeas

Mulher é atingida por carro desgovernado em Osasco na volta para casa

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Por Camilla Haddad e Daniela do Canto
Atualização:

Marleide Gomes dos Santos, de 30 anos, grávida de cinco meses de gêmeas, morreu na madrugada de ontem após ser atropelada na calçada por um Santana, em Osasco, Grande São Paulo. Segundo a polícia, o motorista Nivaldo Muniz Aguiar, de 33 anos, estava embriagado e não tinha habilitação. Ele foi preso por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O vigilante José Gomes dos Santos, de 48 anos, irmão mais velho de Marleide, disse que ela voltava da lanchonete em que trabalhava quando foi atingida pelo carro em alta velocidade, na Avenida João Ventura dos Santos. Marleide chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Nivaldo foi impedido de fugir por pessoas que passavam na avenida. Ele recebeu atendimento no Hospital Osmar Mesquita, onde foi atestada a embriaguez. Nivaldo, que trabalha como pedreiro, foi levado ao 10º DP de Osasco. O corpo de Marleide foi enterrado ontem no Cemitério Municipal Santo Antonio. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Quem atropelar ou matar alguém no trânsito poderá receber como punição a prestação de serviços à comunidade em unidades de resgate, hospitais e clínicas de recuperação voltadas ao atendimento de vítimas desse tipo acidente. Essa possibilidade foi aberta pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), ontem, com a aprovação de parecer favorável do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) a projeto de lei da Câmara que altera dispositivo sobre a fixação de penas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O projeto segue para votação pelo plenário do Senado. A medida deverá ser aplicada nas situações em que o juiz decidir pela substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. No parecer, o relator diz que o objetivo do projeto é conscientizar o responsável pelo acidente de trânsito dos danos causados às vítimas. Informa ainda que pesquisas realizadas pela Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação com pacientes atendidos nos programas de lesados medulares e cerebrais revelam que mais de 50% dos internados foram acidentados no trânsito.

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