
09 de março de 2011 | 17h58
O otimismo dos componentes da escola foi ameaçado no começo da apuração, quando a Mangueira chegou a liderar a disputa. No entanto, a quadra ia enchendo e vibrando a cada nota dez que a Beija-Flor conquistava. Um animador pedia mãos para o alto antes da leitura de cada nota, que era acompanhada da vibração da quadra. Quando a nota não era dez, como no caso de um 9.8 para comissão de frente, a comemoração era substituída por vaias e xingamentos ao jurado. “Jogaram óleo na pista, né? Não teve jeito”, gritou o locutor em protesto.
A comemoração também acontecia quando o telão mostrava notas ruins da Mangueira, como um 9 para fantasia. Quando o telão mostrou a diretoria da Verde e Rosa deixando a Apoteose, o animador da Beija-Flor gritou: “Estão indo embora! Vamos dar tchau para o Ivo Meireles?”. A multidão vaiou o presidente da Mangueira e cantarolou: “eu, eu, eu, a Mangueira se f…”
Quando a Beija-Flor já havia consolidado a liderança, milhares de pessoas já se aglomeravam na quadra para a festa. O animador tinha até que pedir calma para evitar brigas e que crianças se machucassem e quando começou a ouvir o grito de campeã, pediu paciência: “Calma, gente, ainda não!”. Quando a nota dez em bateria praticamente garantiu o título, aí sim a quadra foi autorizada a bater no peito e gritar forte, ao som do samba reproduzido nos alto-falantes.
A multidão então começou a se preparar para receber a sua majestade. Segundo a sua assessoria, Roberto Carlos acompanhou a apuração em casa, na Urca (zona sul do Rio), e prometeu comemorar a conquista com os integrantes da Beija-Flor na quadra de Nilópolis ainda na noite de hoje.
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