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Beira-Mar é "Seashore Freddy" ou "Pablo Escobar" brasileiro

Por Agencia Estado
Atualização:

A fama de Luís Fernando da Costa, de 36 anos, já ganhou o mundo - é chamado de Pablo Escobar brasileiro ou Seashore Freddy, tradução em inglês para Fernandinho Beira-Mar. Temido e respeitado no crime, é tido como o maior atacadista de cocaína do País e um dos mais poderosos da América Latina. É acusado de fornecer armas para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em troca de drogas. Em junho, ingressou na lista de traficantes internacionais que ameaçam a segurança, a política externa e a economia norte-americanas. Sua fortuna inclui 48 imóveis, 12 automóveis e 36 linhas telefônicas. Nada que lembre a pobreza na Favela Parque Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Da infância, conservou uma característica - a liderança. Dado aos estudos, atraía em torno de si crianças da favela para lhes contar histórias. Era o orgulho da mãe, dona Zefina, que ganhava a vida honestamente como faxineira em um motel. A escola do crime começou no serviço militar. Foi expulso do Exército por desvio de cargas e roubo de armas das Forças Armadas. Aos 22 anos comandava o tráfico em pontos no Rio. Na década de 90, estendeu seus domínios até Minas, para onde fugiu. Pego com 4 quilos de cocaína, em 1996, e condenado a 12 anos, fugiu 1 ano depois. Seguiu para o Paraguai e, de lá, para a Colômbia, onde passou a negociar com os cartéis. Em 2001, foi preso e extraditado. De Bangu 1, no Rio, comandou chacinas, compra de armas, ações terroristas e toques de recolher. Suas frases, gravadas pelo Ministério Público, chocaram a sociedade. "Só tô preso, não estou morto, não", disse de sua cela, após comandar pelo celular a execução de comparsas. Liderou a chacina de quatro presos de uma facção rival e comemorou: "Tá dominado, tá tudo dominado." Veja o especial:

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