Beira-Mar quase entrou em esquema de venda de habeas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Por pouco o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, não entrou no esquema de liberação de habeas-corpus, supostamente coordenado pelo ex-deputado Pinheiro Landim. As negociações para facilitar a liberdade de Beira-Mar eram feitas pelo traficante Leonardo Dias Mendonça, o Léo. Chegou a haver um primeiro contato entre um advogado do grupo de Landim e Beira-Mar, em 2001, em Brasília. A amizade entre Léo e Beira-Mar nasceu durante negociações de drogas, na Colômbia, onde os dois estavam refugiados. Na ocasião, Mendonça trocava armas por cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs). A amizade durou só até 2002. Beira-Mar ameaçou matar Léo, por causa de uma dívida de US$ 1,1 milhão. Ele fez então vários pagamentos em dinheiro a Beira-Mar, além de lhe entregar uma casa em Goiânia e um posto de combustível em Brasília. Gravações feitas pela Polícia Federal mostram que Fernandinho Beira-Mar chegou a negociar com Léo para deixar a carceragem da PF em Brasília, oferecendo US$ 1 milhão para que ele conseguisse um habeas-corpus. Léo propôs o esquema supostamente coordenado por Landim, usado para libertar integrantes de sua quadrilha e a ele próprio. No entanto, Beira-Mar foi transferido para o Rio, impossibilitando a liberação ilícita. Em uma conversa gravada pela PF, em fevereiro de 2001, Beira-Mar diz que tinha um esquema alternativo, mas que isso levaria pelo menos dois anos, período em que ficaria fora do foco da mídia. O esquema, segundo ele, envolvia um juiz e o custo seria o mesmo: US$ 1 milhão. O problema, conforme relatou o traficante a Mendonça, era o tempo que teria de esperar. Veja o especial:

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