Beira-Mar quer saber de visitas íntimas em presídio federal

Esse é um dos poucos momentos durante uma visita em que não há qualquer agente vigiando. Pode ser o momento ideal para que alguma confidência seja feita

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Por Agencia Estado
Atualização:

O comentário de um policial federal dá conta de que uma das primeiras perguntas do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ao chegar ao Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, foi sobre a visita íntima. Esse é um dos poucos momentos durante uma visita em que não há qualquer agente vigiando. Pode ser o momento ideal para que alguma confidência seja feita. A cidade que na quarta-feira, 19, já não tinha mudado a rotina, nesta quinta não tem nenhum policiamento militar ostensivo. O primeiro em Catanduvas Fernandinho Beira-Mar tornou-se o primeiro preso a ocupar uma das 208 celas da Penitenciária Federal de Catanduvas, primeiro presídio federal do País, inaugurado em 23 de junho, a cerca de 470 quilômetros de Curitiba, no oeste do Paraná. Beira-Mar chegou à penitenciária de segurança máxima por volta das 3 horas da madrugada de quarta-feira em uma transferência sigilosa. A transferência de Fernandinho Beira-Mar foi executada sob sigilo absoluto das autoridades de segurança. A tarefa foi executada pelo Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Do aeroporto de Cascavel, os federais escoltaram o traficante em três blazers do Depen até a penitenciária federal de Catanduvas, que fica a 55 quilômetros de Cascavel. A viagem não teria demorado mais que 40 minutos. Para chegar a sua cela, Beira-Mar precisou passar por 17 portões de ferro. Já na entrada foi submetido à primeira identificação e aos procedimentos de segurança. Posteriormente, entrou na primeira "gaiola", onde já recebeu as orientações sobre o sistema da penitenciária. De porta em porta chegou à triagem, onde foi tirada a impressão digital e feitas as fotografias. Próximo dali, em armários, ficaram seus pertences. A partir desse estágio, foi conduzido com capuz na cabeça até a cela. Nela tem à disposição uma cama, uma pia e um vaso sanitário, tudo construído em concreto, com chapas de aço internas, mesmo material colocado nas paredes e no piso.

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