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Benedita visita vítimas das chuvas na Baixada Fluminense

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois de os ministros Ciro Gomes, da Integração Nacional, e Olívio Dutra, das Cidades, terem ido à Baixada Fluminense, hoje foi a vez de Benedita da Silva, ministra da Assistência e Promoção Social. A região foi a que mais sofreu com as chuvas no Rio. Lá foram registradas sete mortes no sábado. Ao contrário dos colegas, Benedita pisou na lama e no esgoto, e entrou nas casas inundadas. A ministra hoje participa de uma reunião com os titulares das pastas das Cidades, Integração Nacional, Saúde e Educação. O número de desabrigados hoje, segundo a Defesa Civil, era de 1.800 pessoas. ?Vamos estabelecer um convênio com as prefeituras para retirar as pessoas desabrigadas e desalojadas das escolas, porque o ano letivo ainda não acabou e as crianças precisam ter aulas?, disse Benedita, que esteve em Magé e Duque de Caxias. Ela afirmou que seu ministério vai liberar verbas emergenciais para os fundos de assistência social dos municípios, mas não disse qual será o valor. ?Isso dependerá dos relatórios que os prefeitos apresentarão.? O dinheiro será usado para alugar casas para as famílias que perderam suas residências. A ministra calçou galochas e não se fez de rogada na hora de visitar os atingidos pela chuva. Apesar de pedidos de assessores para que não se aventurasse na água misturada a esgoto, que escondia perigosos buracos, a ministra entrou nas áreas inundadas e ficou com as botas de borracha cheias de água. A cena aconteceu no loteamento Jardim das Flores, em Duque de Caxias, para onde a comitiva de Benedita foi guiada por uma equipe de televisão, sob o argumento de que, se permanecesse em áreas onde as águas já haviam baixado, as imagens da ministra não apareceriam na televisão. O ministro Olívio Dutra, que esteve hoje na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse que os R$ 8 milhões que seu ministério vai liberar são apenas para a situação de emergência. Segundo ele, o governo federal está empenhado em política de prevenção a longo prazo. ?Nós precisamos investir R$ 13 bilhões por ano, por duas décadas, para universalizarmos o direito à habitação digna com saneamento no País. São milhões expostos a risco de doenças? disse Dutra.

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