Bilhete do Metrô de SP terá cartão com chip

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Por Agencia Estado
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Passageiros do Metrô devem começar a usar, até o fim do ano, o Metropass. Trata-se de um cartão com chip que poderá ser carregado com um determinado número de viagens pelo passageiro ou por empresas, que o repassarão a seus funcionários no lugar do vale-transporte. Reutilizável, o Metropass poderá ser recarregado nas bilheterias ou em máquinas que estarão disponíveis nas estações por um número ilimitado de vezes, e funcionará ao lado do tradicional bilhete em papel, que continuará a ser vendido. A criação do novo sistema já recebeu sinal verde de uma comissão de estudos do Programa Estadual de Desestatização (PED), e o Metrô vem trabalhando numa proposta de licitação para a aquisição da tecnologia, segundo o presidente da companhia, Luiz Carlos David. O modelo será semelhante ao bilhete único que vem sendo estudado pela Prefeitura de São Paulo. Em reuniões na Secretaria Municipal de Transportes, Prefeitura e Estado estão discutindo um bilhete único conjunto entre trens da CPTM, Metrô, trólebus da EMTU e ônibus, o que não deve ser posto em prática pelo menos na primeira fase do programa, quando só passageiros dos ônibus municipais poderão fazer até duas viagens com um só bilhete. "Quando lançarmos a licitação do Metropass, uma das exigências feitas à empresa que fornecerá os cartões será a de que a tecnologia seja compatível com o modelo adotado pela Prefeitura", diz David. A Secretaria Municipal de Transportes foi procurada e limitou-se a informar que não comentaria nada sobre o Metropass. A intenção do governo municipal era adotar o bilhete único até o mês passado, o que não ocorreu. Na primeira vez, o cartão sairá de graça O presidente do Metrô explica que cada cartão tem um custo de cerca de US$ 3, o que equivale a cerca de R$ 8,70. David explicou, no entanto, que o custo não será repassado ao passageiro na primeira aquisição do Metropass. "Quem comprar o cartão de 10 viagens continuará a pagar o mesmo valor que paga pelas 10 viagens hoje", diz. "O usuário guarda o cartão e pode ir carregando quantas vezes for necessário." O custo só seria repassado, segundo ele, se a pessoa perdesse o cartão. "O bilhete único atual continuará existindo, pois não vai compensar fazer um Metropass com apenas uma viagem." A operação do Metropass não traria custos ao Estado, segundo David, pois seria feita no esquema de concessão. A empresa concessionária seria remunerada ao longo de 10, 15 ou 20 anos, prazos que vêm sendo estudados pelo Metrô, de acordo com as vendas. A empresa também instalaria novas catracas compatíveis com o sistema e maquinário eletrônico nas bilheterias, para a recarga dos cartões. O Metrô estuda ainda convênio com bancos, como a Caixa Econômica Federal, e casas lotéricas, para que o passageiro recarregue seu Metropass também nestes locais.

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