12 de abril de 2011 | 00h00
"Estamos tirando a máscara, mostrando o verdadeiro rosto do totalitarismo e ensinando ao nosso concidadão que comportar-se como um homem livre tem seu preço, tem seus riscos, mas tem uma infinita quantidade de gratificações", ressaltou.
Apesar de agraciada com o prêmio, Yoani participa do Fórum da Liberdade apenas virtualmente. Sabendo das negativas que ela recebeu do governo cubano em diversas tentativas de viajar para fora do país, o Instituto de Estudos Empresariais (IEE) enviou cinco representantes a Havana, em janeiro, para entregar o troféu. A blogueira gravou depoimentos expondo suas dificuldades para acessar a internet e suas análises sobre o cotidiano cubano, que os organizadores colocaram no site do IEE, e a mensagem de agradecimento, que exibiram na abertura do evento que, neste ano, debate a liberdade na era digital.
Desde 2007, quando abriu seu blog Generación Y, Yoani passou a ser vista pela imprensa internacional como uma espécie de porta-voz dos cubanos inconformados com o regime comunista e residentes na ilha. Sem poder ter acesso à internet em casa, ela vai semanalmente a hotéis de Havana, de onde envia seus textos a pessoas que se dispõem a postá-lo em seu blog no exterior. As análises já são traduzidas espontaneamente para 22 línguas, por simpatizantes.
A blogueira costuma comparar o regime cubano às casas do bairro Habana Vieja. "Você para na frente delas e considera um milagre que estejam de pé; no entanto, um dia, alguém tira um parafuso de uma porta e a casa cai", acredita. "Evidentemente estamos à beira de uma transformação importante na nossa sociedade." O Fórum da Liberdade se encerra hoje.
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