Boeing diz que pode enviar técnicos para ajudar nas investigações

Segundo a porta-voz da Boeing para assuntos de segurança, Elizabeth Verdier, o trabalho de investigação pode levar "meses, até um ano" para ser concluído

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Por Agencia Estado
Atualização:

A porta-voz da Boeing para assuntos de segurança, Elizabeth Verdier, disse neste sábado ao Estado que a empresa americana poderá enviar técnicos ao Brasil para ajudar nas investigações sobre as causas do acidente envolvendo o Boeing 737-800 da Gol, que caiu na tarde de sexta-feira. "Mas vamos aguardar que as autoridades brasileiras decidam se querem o auxílio da Boeing",disse. "Uma aeronave desse porte é um equipamento muito complexo e todas as peças devem ser analisadas para se chegar à causa". Segundo ela, o trabalho de investigação pode levar "meses, até um ano" para ser concluído. Elizabeth não quis dar detalhes sobre as possíveis causas do acidente. "A medida mais urgente agora, além de prestar socorro aos possíveis sobreviventes e cuidar para que os corpos sejam entregues às famílias, será reunir todas as evidências possíveis no local do acidente", disse. "Nossos técnicos conhecem bem as aeronaves e podem ajudar a identificar peças entre os destroços." Sobre a possível colisão do Boeing 737-800 com o jato Legacy, da Embraer, Elizabeth declarou que já houve outros acidentes envolvendo duas aeronaves no ar, mas desconhece casos em que uma delas conseguira pousar sem maiores danos. "O fato de que a outra aeronave conseguiu pousar com segurança e será muito importante nas investigações. Até que toda a tripulação seja interrogada, não saberemos o que ocorreu de fato." A informação sobre a colisão não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. Na sexta-feira, 29, a Boeing havia divulgado uma curta nota oficial, em que a empresa "presta condolências aos familiares e amigos daqueles à bordo do vôo 1907 da Gol e está pronta para oferecer assistência técnica às investigações oficiais. Mortes Este foi o primeiro acidente envolvendo o modelo 737-800 da Boeing e o único com vítimas fatais registrado este ano pela empresa, fabricante 75% da frota em operação no mundo atualmente. Destes, 25% são modelo 737. Em 2005, houve seis acidentes fatais com aeronaves Boeing, dos quais três eram equipamentos modelo 737-200 e dois 737-300, totalizando 431 mortes. ] O acidente com o maior número de mortos, no ano passado, aconteceu em Medan, na Indonésia, quando um Boeing 737-200 da Mandala Airlines caiu um minuto após decolar, matando 102 passageiros e 44 pessoas que moravam ou passavam pela região, segundo o órgão de pesquisa Aviation Safety Network.

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