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Bolsonaro mandou apurar o 'que tem que ser apurado', diz ministro da Defesa sobre 80 tiros no Rio

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Fernando Azevedo e Silva comentou fuzilamento do músico Evaldo Rosa dos Santos em Guadalupe, zona norte do Rio

Por Fabio Serapião
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse nesta quarta-feira, 10, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mandou apurar "o que tem que ser apurado" sobre os 80 tiros disparados por militares contra o veículo de uma família no Rio de Janeiro.

Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva Foto: Dida Sampaio/Estadão

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No último domingo, dez militares dispararam mais de 80 tiros contra um veículo em Guadalupe, zona norte do Rio, que supostamente foi confundido com um automóvel em que estariam criminosos. No carro estavam o músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, e sua família.

O músico morreu no local e duas pessoas ficaram feridas. O corpo de Santos foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 10, cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio.

Corpo de músico morto por militares foi sepultado no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio Foto: REUTERS/Sergio Moraes

O ministro participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados. Azevedo e Silva fala sobre os planos de sua pasta para 2019. "O presidente falou: apure o que tem que ser apurado", disse Azevedo e Silva, ao dizer que disparar 80 tiros não é normal. 

Mais cedo, na mesma audiência, o ministro classificou como "lamentável e triste incidente" a ação dos militares e disse que as Forças Armadas vão "cortar na própria carne".

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