PUBLICIDADE

Bombeiros controlam incêndio no Parque de Caldas Novas

Cerca de 35% da vegetação do parque foi destruída

Por Agencia Estado
Atualização:

Um incêndio destruiu cerca de 43,050 mil metros quadrados (ou 35%) da vegetação natural do Parque Estadual de Caldas Novas, antes de ser controlado, nesta segunda-feira, pelos bombeiros, voluntários e um grupo de soldados do Exército mobilizados para apagar o fogo. O incêndio começou na sexta-feira à tarde, e as autoridades ambientais acreditam que tenha sido ateado propositadamente. "Verificamos que a maioria dos focos surgiram dentro do parque e de maneira proposital, portanto criminosa", afirmou o major Mauro Queiroz, comandante do 4º Subgrupamento de Incêndio (SGI) dos Bombeiros. "Tudo indica que o incêndio seja criminoso", afirmou Zacarias Calil, presidente da Agência Ambiental. Apesar do esforço no combate à destruição, que exterminou animais pequenos como aves, serpentes, lagartos, cobras e tamanduás, três focos ainda consomem a vegetação, da reserva com 12,3 mil hectares de área quadrada, situada entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no interior de Goiás. Durante esta segunda-feira, o vento e a topografia irregular dificultaram as ações para controlar os focos de incêndios, ao mesmo tempo em que se tentou impedir que o fogo se alastrasse. Os bombeiros trabalham, em muitos casos, com abafadores e, em alguns locais, combatem o fogo com o próprio fogo. Não há um número estimado de animais mortos. Segundo o comandante dos Bombeiros, esqueletos de animais se misturam aos caminhos naturais, como veredas, que foram encobertos pelas cinzas. "Mais de um terço da vegetação da área foi destruída", disse o militar, informação que foi confirmada, em Goiânia, pela Agência Ambiental. No Parque, que é embelezado por cachoeiras naturais e cânions, está localizada uma das mais importantes áreas de recarga do aqüífero termal da região, conhecida pelas fontes de águas termais. O local conta, ainda, com veredas e uma cobertura vegetal diversificada. Apoiado por um grupo de soldados do Destacamento do Exército de Ipameri, cerca de 100 bombeiros e mais 15 voluntários atuaram de maneira intensa para controlar os focos de incêndio. Porém, o presidente da Agência Ambiental, Zacarias Calil, alertou que a baixa umidade, em torno de 20% e comum nesta época do ano, deixa o tempo quente e seco e acelera efeitos danosos na mata devido aos riscos de incêndios. "Um toco de cigarro pode fazer grandes estragos", disse ele. O Parque Estadual da Serra de Caldas Novas também convive com outras fragilidades, como a vizinhança à zona urbana, que lança foguetes e morteiros em datas festivas, além das queimadas nas áreas de fazendas que, em tese, só poderiam ocorrer com licença do Ibama e sob pena de multa. Dados da Agência indicam que até o mês passado foram registrados 350 focos de incêndio no Estado, e quase todos os parques estaduais foram atingidos por queimadas. A gerência do Programa Corta Fogo, da Agência, explicou que o parque é protegido por aceiros, construídos ao seu redor.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.