PUBLICIDADE

Bombeiros retiram cabine do Airbus e encerram trabalhos

Por MAURÍCIO SAVARESE
Atualização:

Os trabalhos dos bombeiros no prédio da TAM Express, com o qual se chocou um Airbus A320 da empresa na semana passada, terminaram nesta quinta-feira, após a retirada de 220 sacos plásticos que continham corpos e fragmentos de cerca de 200 vítimas da maior tragédia da história da aviação brasileira. "Nós acessamos completamente a parte final da cabine, o que só foi permitido depois que retiramos a laje de cima", afirmou a jornalistas o capitão Mauro Lopes, porta-voz dos bombeiros. "Fizemos buracos na laje de baixo, acessamos por ali. Tiramos pavimento do piso e encontramos essa parte da cabine, que estava entre duas vigas aonde não conseguíamos chegar", afirmou o militar, ao lado dos escombros, onde ainda trabalhavam cerca de 30 bombeiros nesta manhã. Segundo o capitão, o momento mais difícil de toda a operação aconteceu nos minutos seguintes à colisão, nos quais 14 pessoas foram retiradas do local ainda com vida. Quatro delas, disse ele, morreram no hospital. O capitão afirmou que esses salvamentos foram possíveis porque a corporação fez no segundo semestre de 2006 um treinamento para situações de acidente aéreo. Ele disse ainda que a demolição do edifício, ao qual os jornalistas tiveram acesso nesta manhã pela primeira vez desde o acidente, depende da autorização da delegacia de polícia responsável pelas investigações da tragédia. Na parte de trás do prédio da TAM Express, dois grandes sacos estavam no chão, contendo restos da cabine do Airbus. Dentro dela, segundo os bombeiros, foram encontrados, além de fragmentos de corpos, um computador laptop, carteiras, pares de tênis e outros pertences das vítimas. O trecho interditado da avenida Washington Luís, diante da cabeceira do aeroporto de Congonhas, será liberado apenas depois da demolição dos escombros. (Por Maurício Savarese)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.