Bombeiros retomam buscas no Lago Paranoá, em Brasília

Barco, que naufragou no domingo, tinha capacidade para 80 pessoas, mas transportava mais de 90

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Por Priscila Trindade
Atualização:

SÃO PAULO - O Corpo de Bombeiros retomou às 6h30 desta segunda-feira, 23, as buscas pelas vítimas de uma embarcação que naufragou no Lago Paranoá, em Brasília. Pelo menos sete pessoas continuam desaparecidas. O trabalho de busca havia sido suspenso às 3 horas.

 

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O barco, que teria capacidade para 80 pessoas, transportava aproximadamente 92 - de acordo com informações iniciais, seriam mais de 100 pessoas à bordo. O Corpo de Bombeiros ainda não tem o número de pessoas que estavam no barco porque não existe uma lista de passageiros. Um bebê de seis meses chegou a ser resgatado em estado grave, mas não resistiu e morreu.

 

A embarcação deixou um clube da região por volta das 19h30 de domingo e percorria o lago enquanto dava uma festa. Segundo os primeiros passageiros resgatados, há possibilidade de o acidente ter sido provocado por uma lancha - que estaria passando pelo local e abalroou a embarcação maior ou estaria fazendo a segurança do barco quando se chocou.

 

Familiares das pessoas que estavam no barco e os serviços de socorro usaram as instalações da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade) como base de apoio para trabalhar e coletar informações sobre os parentes.

 

 

Poucos coletes. Ismael Mousinho queixou-se da falta de coletes para todos os passageiros e disse que o resgate foi facilitado pelo fato de o barco ter "embicado" em uma região do lago com pouca profundidade. "Uma parte do barco ficou de fora". Ele disse que sentiu quando uma lancha bateu no Imagination. O barco teria capacidade para somente 80 pessoas.

 

Os passageiros resgatados reclamaram que a maioria dos coletes salva vidas estava no segundo andar do barco. A maioria das pessoas dançava no momento em que o barco começou a afundar.

 

O comandante da embarcação, Airton Carvalho da Silva, de 28 anos, foi levado para prestar depoimento na 10ª DP. A Marinha vai investigar os motivos do acidente./ COLABORARAM FÁBIO GRANER E PEDRO DA ROCHA

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