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Bombeiros socorrem duas vítimas da queda do avião

Por Agencia Estado
Atualização:

O Centro de Operações do Corpo de Bombeiros informou nesta terça-feira à noite que foram socorridas pelo menos duas pessoas no local onde o avião bimotor caiu nesta noite, na zona sul de São Paulo. O piloto Alexandre Buchene e o co-piloto, que não tinha sido identificado até as 22 horas, teriam morrido na queda. Um senhor de 83 anos sofreu queimaduras numa das mãos e foi levado para o pronto-socorro do Hospital Jabaquara. Uma senhora teve uma crise de hipertensão e foi levada para o Pronto-Socorro Alvorada. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que bloqueou o acesso de veículos e pessoas na Rua Barão de Aguiar com a Rua Barão de Valim, por causa dos trabalhos de resgate de bombeiros. O avião caiu sobre uma casa, por volta das 20h30, na Rua Barão de Aguiar, próximo ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), o avião vinha de Franca, no interior do Estado de Sâo Paulo, tentou pousar no aeroporto, arremeteu e caiu em seguida. O bimotor modelo Navajo ECO-820, de prefixo EHL, transportava malotes do banco do Brasil. Com capacidade para transportar oito passageiros, o avião pertencia à empresa Oliveira e Silva, de São Paulo. O avião atingiu a fachada da casa de número 40 e houve princípio de incêndio. Um carro que estava na garagem pegou fogo. Os moradores da residência, Beatriz Vitor Athiê, de 57 anos, e seu marido teriam sido levados para o Hospital do Jabaquara, mas sem ferimentos graves, segundo o delegado do Setor de investigações Gerais da Seccional Sul, Célio Gomes de Andrade. Cerca de 20 carros do Corpo de Bombeiros foram para o local. Os destroços caíram também sobre as duas casas ao lado. ?Só ouvi o barulho e as luzes da rua se apagaram?, contou o aposentado Mamoru Hadnazune, de 58 anos, que mora na casa de número 43, na frente do local do acidente. ?Quando escutei o barulho do avião que passou sobre minha casa saí na janela, vi quando inclinou, bateu com a asa num poste e foi para dentro da casa e houve uma explosão?, disse o vendedor Ricardo Marceli, morador da Rua Barão de Aguiar. Para o presidente do sindicato dos aeroviários de São Paulo, Uédio José da Silva, o acidente demonstra a falta de segurança em Congonhas. ?Temos alertado que o aeroporto está saturado e precisa de melhores condições para operar.? Ele sugere que os vôos de táxi-aéreo sejam transferidos para o Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. O acidente ocorreu no mesmo dia em que o sindicato dos controladores de vôo denunciava na Câmara dos Deputados as precárias condições de trabalho no País.

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