Bons motivos para ficar em SP no feriadão

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Por Agencia Estado
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Caminhar em parques, poder ir ao cinema sem pegar filas enormes e ser bem atendido em restaurantes mais vazios do que de costume são alguns "bons" motivos alegados por quem prefere ficar em São Paulo justamente quando a maioria só pensa em deixar a cidade e aproveitar o feriado prolongado. "Baixada Santista, tô fora!", diz o estudante Fábio Marques de Almeida, de 14 anos. Para a Baixada, que adora, Fábio foi na semana passada. Para este "fim", como se refere a sábado e domingo, programou uma caminhada no Parque da Água Branca, cooper na Avenida Sumaré e mais umas horinhas de corrida no ginásio do Palmeiras. A razão de tanto atletismo é a proximidade da São Silvestre. "Estou me aquecendo", conta. Ele também quer jogar RPG e ver o filme Cidade de Deus com a namorada. De trânsito e estrada o médico Paulo Roberto Spezi e sua mulher, a professora Cláudia, querem distância. Por isso, mais paulistano impossível o programa deles para este fim de semana: com o filho Gabriel, de 9 anos, vão curtir as mordomias do prédio onde moram, em Perdizes; depois, farão compras em shoppings e vão jantar com amigos em restaurantes que esperam encontrar sem fila de espera. "A cidade vazia fica muito melhor", diz Cláudia. Se o filho não fosse prestar vestibular, a família do engenheiro Olavo Viana Cabral Júnior, de 45 anos, estaria na estrada, rumo a Peruíbe, no litoral sul. Mas o garoto - que já estudou tudo o que era preciso - vai fazer provas no domingo. Nesses dias, Olavo, sua mulher, a veterinária Sylma, a filha, Fernanda, de 15 anos, e até o Olavo Júnior vão arrumar o porãozinho da casa. "A gente precisava cuidar disso e não tinha tempo." Paulistano, filhos criados, há tempos o aposentado Paulo dos Santos, de 67 anos, mudou-se para o Espírito Santo. "Vivo em Coqueiral, com outra mulher", conta. Nesta semana, ele fez o caminho inverso. De tênis, bermudão e camiseta regata, está passeando em São Paulo. "Ontem, conheci o complexo do metrô de Capão Redondo. Que beleza!" Hoje e amanhã vai visitar parentes. No domingo, apresentará o neto recém-nascido em cerimônia na Igreja do Evangelho Quadrangular. "O meu programa é de recepção", conta Roberto Freitas, de 41 anos, dono de uma banca de jornais. Ele receberá amigos de Louveira e, juntos, irão ao Parque Villa-Lobos e ao shopping. "Também vamos almoçar fora e pegar uma matinê." Liberado da mulher, que viajou para Pinhal com os três filhos, o administrador de empresas Eduardo Malachias Fernandes, de 45 anos, quer andar de moto e beber "um bom chope". Tudo isso à noite. De dia, ele vai trabalhar. "Meu ramo é o de automóveis e carro se vende mais no fim de semana."

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