Brasileiro acusado de assassinato no Japão é preso em MG

Humberto José Hajime Alvarenga era procurado por morte de dono de restaurante

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Por Agencia Estado
Atualização:

Acusado de assassinar um dono de restaurante no Japão, em novembro de 2005, o brasileiro Humberto José Hajime Alvarenga, de 35 anos, foi preso no interior de Minas Gerais, num trabalho conjunto que envolveu a Polícia Federal japonesa, o Ministério Público Estadual e a Polícia Militar. Alvarenga, que é descendente de japoneses, foi preso na tarde de sexta-feira, em Rio Casca, na região da Zona da Mata. As autoridades policiais do Japão acusam o brasileiro de enforcar o proprietário do restaurante Epinard, em Hamatsu, na província de Shizuoka, e levar 41.200 ienes da máquina registradora. A vítima tinha na época 57 anos de idade. Na fuga, ele ainda teria tentado incendiar o restaurante. Cinco dias após o crime, Alvarenga voltou para o Brasil e adquiriu um lava a jato em Rio Casca. Ele havia viajado ao Japão para para trabalhar, mas estava desempregado na época do crime. O caso teve grande repercussão no país asiático e foi acompanhado com destaque pela imprensa japonesa. O pedido de prisão preventiva feito pelos promotores Joaquim Miranda Júnior e Marcelo Mattar foi acatado pelo juiz da 5ª Vara Criminal, Rinaldo Kenedy Silva. O paradeiro de Alvarenga teria sido descoberto pela polícia japonesa, que firmou há dois meses uma parceria com o MPE para a solução deste e de eventuais outros casos de crimes praticados por brasileiros naquele país. O brasileiro - que estava sendo monitorado pela PM - foi preso na casa dos pais e não apresentou reação. Ele chegou a dizer que já aguardava por um contato da Justiça brasileira. Alvarenga seria transferido neste sábado para o Departamento de Investigação, em Belo Horizonte. Ele deverá ser julgado no Brasil e, se condenado, poderá receber pena de 20 a 30 anos de prisão. O promotor Joaquim Miranda elogiou a investigação e o trabalho pericial da polícia japonesa. Segundo o Ministério Público, os dados do processo foram validados por sua perícia técnica com base na ordem jurídica brasileira. Isso possibilitou que Alvarenga fosse denunciado pelos crimes de latrocínio e tentativa de incêndio.

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