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Brasileiro acusado de "crime da internet" dispensa advogados

Por Agencia Estado
Atualização:

Às vésperas de ser julgado pela morte de uma menor americana a quem conheceu pela internet no ano passado, o brasileiro Saul dos Reis Júnior demitiu seus advogados e pretende conseguir outros defensores. Em carta enviada aos dois advogados que o representavam, o rapaz afirmou que não confiava mais na capacidade deles para defendê-lo e dispensou seus serviços a partir de 2 de janeiro. Reis, de 25 anos, que está preso desde maio, tinha julgamento previsto para esta semana na corte estadual de Danbury, em Connecticut. Em abril, ele também vai a julgamento numa corte federal do Estado por usar a internet para seduzir a vítima. Peter Tilem, um de seus ex-defensores, apresentou moção ao tribunal estadual de Danbury na segunda-feira, informando da intenção de Reis. Há possibilidade de o julgamento ser adiado, mas também de o brasileiro ir a júri no prazo previsto, até mesmo com um advogado indicado pelo Estado. Reis é casado e trabalhava no restaurante de sua família em Port Chester, Estado de Nova York. Ele conheceu Christina Long, de 13 anos, em sessões de bate-papo pela internet. A garota vivia com uma tia na cidade vizinha de Danbury, onde os dois teriam se encontrado duas vezes num shopping. Na última, enquanto mantinham relações sexuais no carro dele, o rapaz teria estrangulado a menor involuntariamente, segundo alegou à polícia. Ele foi descoberto por meio da análise do correio eletrônico da garota. No processo estadual, o brasileiro é acusado de homicídio involuntário e pode receber pena de prisão perpétua. Em nível federal, é acusado de usar a internet com o objetivo de manter relações sexuais com uma menor. A punição máxima é de 15 anos de prisão, mais multa e 3 anos de liberdade vigiada.

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