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Brasileiros presos podem ter ligação com Abadía

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Por Redação
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Dois brasileiros e cinco colombianos foram presos com 485 quilos de cocaína no final da tarde de sábado no Estado de Salto, a cerca de 500 quilômetros ao noroeste de Montevidéo, no Uruguai. De acordo com investigadores da Direção Geral de Repressão ao Tráfico de Drogas, a quadrilha é suspeita de ser uma ramificação do cartel Norte do Vale, ligado ao traficante preso Juan Carlos Ramirez Abadía, e também ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A droga estava dentro de um avião e tinha como destino a Europa. A prisão foi realizada pela polícia antinarcóticos do Uruguai, ajudada por informações recebidas de policiais brasileiros e colombianos. Os dois brasileiros pilotavam o avião, que pousou numa propriedade rural em Salto. Já os cinco colombianos aguardavam em terra a chegada da aeronave. A quantidade de cocaína apreendida é a maior registrada naquele país em uma única operação. A ministra do Interior uruguaia, Daisy Tourné, e o diretor do Departamento Nacional Antidrogas, Jorge Vázquez, irmão do presidente Tabaré Vázquez, estiveram ontem em Salto para acompanhar a operação de perto. Um helicóptero da Força Aérea Uruguaia participou das ações, que contaram ainda com policiais fortemente armados. Os traficantes se renderam sem oferecer resistência. Os detidos foram colocados à disposição da Justiça. As investigações continuam em busca de outros possíveis integrantes da organização criminosa. Abadía é um dos maiores traficantes de drogas do mundo. Foi preso no dia 7 num condomínio de luxo na Grande São Paulo. É acusado de ser o maior fornecedor de cocaína e heroína para os Estados Unidos, e apontado como mandante da morte de 300 pessoas na Colômbia e de 15 nos EUA. Havia dois anos que a Polícia Federal brasileira o procurava no País. Seu rosto estava muito diferente da foto que a polícia possuía - resultado de várias operações plásticas, três delas feitas no Brasil. Na sexta-feira, a PF prendeu o suboficial Ângelo Reinaldo Fernando Cassol, suspeito de colaborar com o traficante. Cassol trabalhava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Era responsável pela Seção de Aviação Civil (SAC) em Foz do Iguaçu, no Paraná, e forneceria passaportes e vistos falsos para a quadrilha de Abadía. Cassol já foi exonerado pela Anac.

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