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Briga em presídio termina com seis mortos no Recife

Confusão ocorreu no presídio de segurança máxima na Ilha de Itamaracá

Por Agencia Estado
Atualização:

Seis presos da cela 11 do Pavilhão B/C da Penitenciária Barreto Campelo, no município metropolitano de Itamaracá, foram mortos, na madrugada desta segunda-feira, 19, por detentos do Pavilhão D/E. Quatro morreram carbonizados e dois a golpes de faca artesanal. Os agressores quebraram cadeados da cela onde se encontravam, do pavilhão e da cela das vítimas. Usaram um botijão de gás para atear fogo. A cela abrigava nove presos, três conseguiram fugir. Segundo o gerente da penitenciária - considerada de segurança máxima - coronel Geraldo Severiano, as mortes foram resultado de uma rixa entre gangues. O delegado de Itamaracá, Fernando Moreira, pretendia ouvir, ainda nesta segunda, 33 suspeitos de envolvimento na chacina. Depois dos depoimentos e eventuais autuações, eles iriam ser transferidos para outros presídios, para evitar vingança e mais mortes no presídio. O secretário de Ressocialização, Humberto Viana, anunciou a abertura de sindicância interna na Barreto Campelo, a fim de identificar possíveis falhas na segurança. Tanto os que morreram como a maioria dos assassinos, foram condenados por assalto a mão armada e seqüestro. Há uma semana os presos da Barreto Campelo iniciaram um movimento pela agilização de processos de progressão de pena, liberdade condicional e regime semi-aberto a que vários detentos já teriam direito. Eles subiram no telhado, fizeram protestos e não aceitaram a comida do presídio, alimentando-se da comida levada por familiares. De forma pacífica. Como resultado, 73 presos conseguiram o benefício. Vinte e sete deles na semana passada e 46 na manhã de segunda. A Barreto Campelo tem capacidade para 1.140 pessoas e está, atualmente, com 1.323 presos. Texto atualizado às 17h30

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