Cabral diz que muros trarão benefícios às favelas

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Por Talita Figueiredo e RIO
Atualização:

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), se reuniu ontem com associações de moradores das 13 favelas onde serão construídos muros, chamados de ecolimities. A construção causa polêmica e nem todos os moradores e presidentes de associação concordam com a construção, que consideram ser segregadora. Segundo o governador, o muro existirá para proteger as pessoas das comunidades para que elas possam "receber benefícios do Estado, investimentos sociais, saneamento básico, educação, urbanização e (para) que esses investimentos não se percam ao longo do tempo com a expansão descontrolada da comunidade". O objetivo de construção dos muros, que serão erguidos nas zonas sul e oeste, é conter o crescimento das moradias irregulares e proteger as florestas do desmatamento. Os muros terão 3 metros de altura - a extensão vai depender da favela. Na Rocinha, em São Conrado (zona sul), o governo do Estado já instalou um canteiro de obras. Ali, o muro terá quase 3 km. Juntamente com a discussão sobre o muro veio à tona outro tema que deixa os moradores de favela em pânico. Nos anos 60, os governadores Negrão de Lima e Carlos Lacerda, com o apoio dos militares, promoveram remoções de favelas da zona sul para conjuntos habitacionais na periferia. Nasceu assim a Cidade de Deus, na zona oeste. O Estado garante que, desta vez, isso não ocorrerá. ÁREAS ATINGIDAS Rocinha Parque da Pedra Branca Chácara do Céu Parque da Cidade Benjamin Constant Morro dos Cabritos Ladeira dos Tabajaras Morro da Babilônia Chapéu Mangueira Cantagalo Pavão-Pavãozinho Vidigal

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