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Cacciola chega ao Brasil e segue direto para sede da PF no Rio

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Por Redação
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Depois de 10 meses preso no principado de Mônaco, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola desembarcou na madrugada desta quinta-feira no Brasil, seguindo direto para a sede da Polícia Federal, sem passar pelo saguão do aeroporto internacional do Rio. Um carro da PF aguardava o ex-banqueiro na pista do aeroporto para levá-lo à superintendência do órgão no Rio, onde ele ficará temporariamente detido. A estratégia evitou que Cacciola fosse abordado pelos jornalistas que faziam plantão no aeroporto internacional. Segundo o advogado do ex-banqueiro, Carlos Eli Eluf, Cacciola estava "feliz de voltar ao Brasil e confiante na Justiça brasileira". Segundo a estudante Heloisa Helena de Almeida, que estava no mesmo vôo, o ex-banqueiro aparentava tranquilidade. "Ele não estava algemado, estava acompanhado de alguns agentes e muito tranquilo, com cara de férias", disse a estudante. Segundo o advogado, Cacciola foi acompanhado por oito agentes da PF e pelo procurador da República Arthur Gueiros. O advogado disse que espera conseguir um habeas corpus para Cacciola dentro de 15 dias. "A prisão preventiva de 81 dias já expirou e há outras pessoas no caso que estão em liberdade", disse Eluf. "Ele (Cacciola) não fugiu. Ele tinha um habeas corpus que o permitia sair do país pela fronteira", acrescentou o advogado. Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pela Justiça brasileira por crimes financeiros. Foragido desde 2000, ele foi preso em Mônaco em setembro do ano passado. O escândalo envolvendo Cacciola ocorreu em 1999, durante o processo de desvalorização do real, quando o Banco Central socorreu os bancos Marka e FonteCidam, com 1,6 bilhão de reais. O BC justificou na época a ajuda às duas instituições como uma medida para evitar um possível risco sistêmico para o mercado financeiro do país. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Texto de Renato Andrade; Edição de Eduardo Simões)

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