
26 de maio de 2009 | 18h28
A caixa-preta do Bandeirantes que caiu em 7 de fevereiro deste ano no rio Manacapuru matando 24 de seus 28 ocupantes não estava funcionando durante o voo. Há gravações de diversos voos anteriores, com qualidade ruim, mas nada do voo investigado. A informação é do chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7), tenente-coronel Vladimir Passos. "Nossa recomendação prioritária, no relatório sobre o acidente a ser enviado a Brasília ainda este semestre, será uma advertência às empresas fabricantes desses equipamentos", afirmou Passos.
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Segundo ele, não é a primeira vez que é investigado um acidente onde há falha nas gravações. "Claro que não podemos dizer se a gravação iria trazer grandes avanços na investigação, já que tanto poderia ter apenas gravado momentos de pânico quanto o motivo da decisão do piloto em voltar ao aeroporto de origem, mas o que importa é que houve falha e não podemos avaliar a conversa", defendeu.
No dia do acidente, o piloto teria entrado em contato com a torre e dito que iria voltar a Coari, a 363 quilômetros de Manaus. O fato deixou a equipe de investigação ávida por verificar a caixa-preta, já o local onde caiu o avião fica a apenas um quilômetro de distância da cabeceira de uma pista de pouso desativada. "E o piloto tinha 23 anos de experiência, um gaúcho que conhecia a Amazônia e todas as pistas, não sabemos o que pode ter impedido esse pouso".
Hoje, a hipótese mais forte é de que uma pane no motor tenha causado o acidente. Ainda segundo Passos, outro fato que também atrapalhou as investigações do acidente foi a remoção do avião do exato local da queda. Segundo ele, as informações dos Bombeiros é que o avião foi arrastado do local por conta da forte correnteza, o que impossibilitaria o resgate dos corpos. "Então há avarias na fuselagem que não sabemos se foi por conta de arrastarem o avião ou pelo impacto da queda", explicou.
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