Câmara afasta vereadores de São Leopoldo (RS)

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quatro vereadores e dois suplentes da Câmara de São Leopoldo, município com 190 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre, tiveram seus mandatos cassados nesta madrugada por uma Comissão Processante que investigou acusações de quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa. Eles perdem seus direitos políticos por cinco anos. Outros dois vereadores e dois suplentes renunciaram antes do encerramento da sessão, que começou no sábado de manhã e durou mais de 20 horas, e podem participar da eleição de 2004. A saída de seis titulares vai representar uma renovação de 30% da câmara, que tem 20 vereadores. Os substitutos serão empossados nesta terça-feira. O escândalo veio à tona em julho deste ano, quando Mário D?Ávila, ex-assessor do vereador Joni Homem, entregou ao vereador Alexandre Roso (PHS) uma fita gravada em 2000 com imagens e áudio mostrando nove parlamentares recebendo pagamentos, em dinheiro, de quantias que variavam entre R$ 500 e R$ 2,5 mil. Um mês depois, outras fitas revelaram o envolvimento de mais dois vereadores no mesmo esquema. Em troca, eles teriam garantido a reeleição de Joni Homem como presidente da casa naquele ano. A Câmara montou a Comissão Processante para investigar o caso. O resultado foi o afastamento de seis vereadores e quatro suplentes. Joni Homem, Moacir Lima Soares e os suplentes Adão dos Santos e João Palharini renunciaram ontem. Ao final da sessão extraordinária, por 19 votos a 1, os vereadores cassaram os mandatos de Jorge da Silva, Hamilton Silva, Fernando Henning e Valmor Tavares e dos suplentes Fernando Fusquini e Juvenal Garcia. Os ex-vereadores Emílio Diniz e Angelo Magro não foram incluídos no relatório por não terem mandato parlamentar na atual legislatura. Os envolvidos no esquema pertenciam ao PFL, PMDB, PTB e PL à época da distribuição do dinheiro, mas a maioria estava sem partido ao final dos trabalhos da Comissão Processante.

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