
29 de agosto de 2010 | 00h00
"Não sou político, mas quero trabalhar por vocês", avisa o candidato do PTB, no horário eleitoral gratuito. O discurso é uma forma de atrair a simpatia de um eleitorado que acompanhou os desdobramentos do mensalão do DEM, o despudorado escândalo que contaminou as três esferas locais de poder - a Câmara Legislativa, inclusive. "Tenho outra visão do que é ser político", explica Joãosinho. João Clemente Jorge Trinta quer ser o deputado dos "sete luxos" (saúde, trabalho, educação, cidadania, cultura, esporte e segurança). "Para ser feliz, a gente precisa desses luxos", defende.
Embora novato na carreira eleitoral, suas conexões políticas remontam aos tempos de sambódromo. Em 2002, apoiou publicamente a pré-candidatura de Roseana Sarney à Presidência - e levou para a avenida um enredo que exaltava o Maranhão, mas a apresentação não rendeu o que se esperava. Oito anos depois, ele está com o PTB, Lula e Dilma Rousseff. "O Serra é um homem bem preparado, realizador, mas a Dilma está envolvida por um forte carisma chamado Lula. Ela já ganhou", avalia.
No último carnaval, João criou um enredo sobre o cinquentenário de Brasília, mas - como revelou o Estado na época - a negociação do patrocínio virou disputa entre deputados mensaleiros, o carnavalesco e o grupo do então vice-governador, Paulo Octávio.
Chateado. Ele diz que a Beija-Flor "não mostrou a essência da cidade" e que "mais parecia desfile sobre a Amazônia, de tanto índio que tinha".
Joãosinho vive na capital federal desde 2006, quando se internou no Hospital Sarah Kubitschek para tratamento. "Estou completamente recuperado", garante. Frequentemente faz check-ups para verificar se está tudo OK. E avisa: "Vou surpreender muita gente sobre a minha capacidade de continuar trabalhando".
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