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Câmara reserva R$ 17,8 mi para fazer novo prédio

Projeto básico de construção já sofreu aditamento de R$ 224 mil

Por Fabio Leite e
Atualização:

O projeto básico de construção do anexo de gabinetes da Câmara Municipal de São Paulo mal chegou às mãos do segundo-secretário da Mesa Diretora, Milton Leite (DEM), responsável por acompanhar sua execução, e já sofreu acréscimo de 14% ao contrato inicial, de R$ 1,6 milhão, fechado com a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). Foi aprovado o aditamento de R$ 224 mil para a conclusão do esboço do prédio de 19 andares que será erguido atrás do Palácio Anchieta, no centro. Segundo Leite, o aditamento, publicado semana passada no Diário Oficial, foi aprovado pela Mesa a pedido da Emurb, para complementar os custos com a elaboração do projeto. A reportagem procurou a empresa, mas não obteve resposta até as 20h30 de ontem. De acordo com o vereador, o esboço chegou ontem ao seu gabinete, mas ele só vai analisá-lo hoje. Segundo a previsão orçamentária da Câmara, debatida ontem em audiência pública, a obra deve consumir, só em 2009, R$ 17,89 milhões, ou seja, 5,7% do orçamento do Legislativo para o ano que vem, que é de R$ 312,3 milhões. O vereador, contudo, não descartou a utilização de uma verba de R$ 20 milhões que estaria contingenciada para a execução do projeto. "Se houver necessidade, vamos lançar mão (do recurso)". A estimativa da Câmara é de que o anexo seja concluído em dois anos e depois consuma mais um para mudanças. A idéia dos parlamentares é utilizar o prédio para abrigar as salas das comissões e de gabinetes, restabelecendo o projeto original, do arquiteto Oscar Niemeyer, que já previa o prédio. Segundo Leite, o edifício atual, de 13 andares, não comporta mais a estrutura da Câmara, e estaria com a parte elétrica "superada". Recentemente, o prédio registrou um problema com a tubulação de água em um dos andares. "A expectativa é para a construção de um edifício moderno, tecnológico e ecologicamente correto", disse. Durante a audiência, o vereador expôs a intenção de construir um terceiro prédio para abrigar o Tribunal de Contas do Município (TCM), que hoje fica no Ibirapuera, na zona sul. A Assembléia Legislativa iniciou, em 2006, a construção de um anexo. A obra entrou na mira do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado: inicialmente, deveria consumir R$ 10 milhões. Hoje é um edifício inacabado, cuja conclusão vai custar R$ 26,8 milhões.

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