Camelôs fazem passeata em SP contra reforma da classe

Mais de 70 ambulantes realizam protesto; categoria quer negociar reestruturação

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Por Redação
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Cerca de 70 camelôs faziam uma passeata em São Paulo, por volta das 12h30 desta quinta-feira, 21. Segundo a Polícia Militar (PM), o grupo saiu da Subprefeitura da Mooca rumo à sede do sindicato da categoria, na Rua Brigadeiro Machado, no Brás, no Centro da Capital. Eles são contra a política de reorganização do comércio informal no bairro. Por volta das 13 horas, os ambulantes passavam pela Rua do Hipódromo, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O protesto não atrapalhava o trânsito na região. Em toda a cidade, havia 32 km de lentidão, ante a média de 65 km para o horário. A Avenida dos Bandeirantes apresentava o pior ponto de congestionamento, com 3,5 km, da Marginal do Pinheiros até o Viaduto João Julião da Costa Aguiar. Durante toda a madrugada, cerca de 50 ambulantes se revezaram em acampamento na frente da Subprefeitura da Mooca para pressionar o governo a receber uma comissão de negociação. Tumulto Na última quarta, cerca de 200 camelôs realizaram um protesto em frente ao prédio da subprefeitura e atiraram objetos contra os portões do local. Por volta das 13 horas, o portão foi quebrado e, para evitar uma possível invasão dos ambulantes, a Guarda Civil Municipal reagiu com cassetetes, empurrões e gás pimenta. Cinco pessoas ficaram feridas. Durante a manhã da última quarta-feira, o Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindcisp) promoveu um apitaço pelas ruas mais movimentadas do Brás. Alguns lojistas fecharam as portas por medo, mas nenhum vendedor ambulante regular deixou de trabalhar, apesar de pelo menos dois manifestantes terem ordenado a paralisação do comércio. "Eles têm que lutar, sim, mas na Prefeitura; nós não temos culpa e precisamos trabalhar", afirmou uma ambulante com Termo de Permissão de Uso (TPU), documento que autoriza o trabalho na rua.

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