Caminhões dificultam buscas por van soterrada no Metrô

Segundo Bombeiros, resgate estaria oito e dez metros do microônibus; três veículos do Instituto Médico Legal (IML) chegaram nesta tarde ao local

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Por Agencia Estado
Atualização:

As buscas pelo microônibus engolido pela cratera no canteiro de obras da Estação Pinheiros da Linha 4 do Metrô prosseguem durante todo o dia neste domingo. Um caminhão, entre os três localizados acima do lugar onde as autoridades acreditam estar o veículo, foi removido do local por volta das 12h30. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as equipes de resgate estariam entre oito e dez metros de distância do microônibus. Ao menos quatro pessoas estariam dentro do veículo no momento o acidente, ocorrido na tarde de sexta-feira. Os bombeiros tentaram, no começo do dia, utilizar um detector de metais, ou magnômetro, para localizar o microônibus. No entanto, segundo um funcionário do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o aparalho não pôde detectar corretamente a localização, devido à interferência causada pelos caminhões e escombros. Três carros do Instituto Médico Legal (IML) chegaram nesta tarde ao local, mas, segundo o motorista de um deles, a presença dos veículos é rotineira. Até as 12h40 não havia nenhuma confirmação de vítimas. Na início da manhã deste domingo, 30 Bombeiros, 10 viaturas e uma equipe com cães farejadores participavam das buscas pelas oito pessoas desaparecidas desde a tarde de sexta-feira. Além do motorista e do cobrador do microônibus da Transcooper, dois passageiros e três outras pessoas que circulavam pela rua Capri no momento do acidente podem estar soterradas. O major dos bombeiros Marco Aurélio Alves Pinto explicou que os bombeiros tentam agora entrar pela parte de cima do túnel, pois não foi possível avançar pelo trecho subterrânea devido à grande quantidade de terra. Ao todo, 140 caminhões carregados com o entulho foram retirados do local durante a madrugada. Os bombeiros confirmaram ainda que a grua de 50 toneladas que apresentava riscos de desabar foi estabilizada. Ainda segundo Marco Aurélio, o trabalho é lento porque não há outra forma de trabalhar diante do peso dos caminhões e dificuldades do terreno. Uma retroescavadeira deve nivelar o terreno para facilitar o trabalho da equipe de resgate. O major prefere não fazer especulações sobre a possibilidade de retirar os soterrados com vida da cratera. "Quanto à perspectiva de vida, é muito difícil, mas há esperanças." Intercâmbio Três coordenadores da Defesa Civil do Rio de Janeiro chegaram pela manhã ao local do acidente para acompanhar como observadores os trabalhos de resgate. Os cariocas afirmaram que vieram para aprender e ter exemplos de como agir em um acidente de proporções como o que aconteceu na última sexta-feira. "Acidente como esse, não acontece toda hora no nosso País. Viemos aqui para aprender", disse o coronel Souza Filho da Defesa Civil Estadual, ressaltando que nunca ocorreu um acidente semelhante no Rio. A grande dificuldade é a pressão da terra. Se o veículo não foi comprimido, há esperanças", completou. Texto ampliado às 12h46

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