O motorista de caminhão Douglas Batista, de 52 anos, preso desde o final de 2003 em Santos, acusado da morte das meninas Najila de Jesus e Nathaly Jennifer Ribeiro, confessou à polícia outros seis assassinatos de crianças. Os crimes foram entre 1992 e 2003. As sete meninas e um menino tinham de 5 a 12 anos. A Polícia Civil vinha investigando o caso há alguns meses e cruzando informações. Segundo o delegado seccional de Santos, João Jorge Guerra Cortez, Batista utilizava o mesmo método: se aproximava da família, ganhava a confiança das pessoas e das futuras vítimas. O assassino disse ao delegado que não controlava o "desejo de matar". Além dos corpos de Najila e Nathaly, a polícia encontrou outros quatro corpos, já em estado de decomposição. O caminhoneiro indicou o local onde estavam. Ainda não há informação sobre se houve abuso sexual. Por ser caminhoneiro, é possível que Batista tenha cometido crimes em outros locais, especialmente no Rio Grande do Sul, onde morou. Batista foi preso acusado pelas mortes de Najila e Nathaly, que sumiram em 25 de dezembro de 2003 da frente do barraco onde moravam, em São Vicente. Ele acusou Ivan Fonseca, de 35 anos, de ajudá-lo. Os dois corpos foram encontrados cinco dias depois, às margens do Rio Aguapeú, em Itanhaém. As duas meninas teriam sido jogadas vivas no rio.