PUBLICIDADE

''Camisa 10'' é para puxador de votos

Partidos reservam números mais fáceis de serem gravados para quem tem tradição política ou um nome com muita popularidade

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

Entre as centenas de números colocados à disposição dos seus candidatos, os partidos reservam aqueles mais fáceis de serem gravados pelo eleitor para os puxadores de votos. Para ser o "camisa 10" eleitoral, é preciso ter grande tradição política ou simplesmente um nome com muita popularidade. Desde o surgimento da urna eletrônica, em 1996, o brasileiro só vota em número. É por isso que Paulo Maluf não abre mão do 1111 na campanha para se reeleger deputado. Em 2006, teve a maior votação da história, com 739.827 votos em São Paulo.Votação expressiva como essa ajuda o partido a eleger outros deputados. Por isso o candidato goza de privilégio no horário político do PP na televisão. Já o candidato 2222 nunca teve qualquer expressão política. O cearense Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, foi lançado pelo PR para arrebanhar votos. Na TV, ele exibe as marcas que o tornaram conhecido desde 1997, quando lançou a música Florentina: o bigodinho preto, a peruca loira e o chapéu de pano colorido. O PSDB confiou seu melhor número para a camisa de um artilheiro de peso na busca de votos. Edson Aparecido, 4545, é um dos fundadores do PSDB e coordenou campanhas de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. No PR, o cantor Agnaldo Timóteo ficou com 2212. Em 1982, no PDT, foi eleito deputado federal com 503 mil votos - um recorde na época. Paulo Pereira da Silva (PDT) tenta se reeleger deputado com o 1212. Já o estilista Ronaldo Ésper ganhou do PTC o número 3636.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.